Bueno, na newsletter de Michael Moore vi a recomendação ao filme norueguês Águas Turvas (De Usynlige), e resolvi conferir.
Perturbador, para dizer o mínimo. Mas é um filme ao estilo escandinavo, que me é tão caro. História de que na vida às vezes é muito difícil ter uma segunda chance. Trata-se de Jan, recém-egresso de uma penitenciária onde cumpria pena pelo assassinato de uma criança, o que ele nega. Conseguiu o emprego em uma igreja, como organista. Mas seu passado não vai embora…
Enfim, o filme é muito bom, mesmo. Aliás, o cinema escandinavo é surpreendente: seus temas sempre são instigantes – sejam leves ou pesados. Sempre tratam daquelas situações da vida em que nem tudo é bom ou mal. Definitivamente, não é um cinema moralista, penso eu, porque sempre carrega a por vezes irritante neutralidade daquelas culturas, mas sem deixar de exalar emoção nos comportamentos aparentemente tão frios.
Excelente exemplo disso é o filme O’Horten, que já tinha visto, mas foi também recomendado por Michael Moore – mostrando o início da aposentadoria de um experiente condutor de trem, que, por toda a sua vida, conduzia trens. Ou o mais velho filme, Telegrafisten (O Telegrafista). Ou Ondskap.
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