Bom, como esse pretende ser um Blog ixperto, descolado, cosmopolita, e não-metido-a-besta (tem falhado nesses objetivos aqui e ali, eu sei), não podemos fugir do assunto guerra.
É triste que as coisas tenham chegado à esse ponto. É triste perceber que, mesmo em países onde a opinião pública deveria ter algum valor, as pessoas acabaram não sendo ouvidas e seus ditos representantes estão agora, sem qualquer legitimidade, forjando uma guerra que só irá oprimir pessoas indefesas. Sim, Saddam é o cão-de-calçolão, mas, como nós estamos carecas (com ou sem turbantes) de saber, ele não ficou “mais mau” agora – a cobra foi criada por essas mesmas potências que agora viraram os anjinhos barrocos da parada.
Fico chateado ao ver compadres de tudo que é canto meio que envergonhados pelas posições tomadas em seus países, assim como fico revoltado quando vejo pessoas serem agredidas física ou moralmente porque seus países adotaram posição contrária quanto à guerra. Será que não se percebe que, infelizmente, o governo dessas “democracias” (uma delas elegeu um presidente que NÃO teve maioria de votos!!!!) virou uma entidade dissociada do espírito do seu próprio povo? Ou será que, ainda que não fosse assim, alguem tem que sofrer qualquer tipo de constrangimento só pela procedência do seu passaporte?
Até quando uma obscuridade dessa pode durar? Tudo bem, o Brasil é uma bagunça, é complicado, os governos mandam e desmandam e lascam com o povo, mas pelo menos agora, nesse momento, é bom saber que isso sempre será um refúgio para os lascados – sempre cabe mais um lascado aqui! 🙂 Embora não recebamos tantos refugiados assim, o espírito do nosso povo é solidário – felizmente. Não conheço um único brasileiro que constrangeria alguem por sua origem diferente (exceto se o cara for argentino, aí tenha santa paciência… eheheheheh). Há os contra-nordestinos em SP e em alguns outros estados, mas que não refletem nem 0,1% da generosidade brasileira quando se trata de gente.
Pronto, lascados brasileiros! Taí o desagravo! 🙂
Não, não brigue, não mate, não morra não…
20/03/2003 | 0 comentários