Tem havido muita comemoração na net com os 25 anos do primeiro Personal Cumputer. E, inspirado pela Bia, resolvi contar como eu entrei nesse mundo.
Aos 9 anos conheci o TK-85, da Microdigital, quando fui passar uns meses em Salvador, acompanhando a minha avó que estava em tratamento na capital. Ficava fascinado com a maquininha, ligada em uma TV preto-e-branco. Eu me lembro do susto do pai desse primo quando minha mãe, economizando seu minguado salário de funcionária pública à época, comprou pra mim um Tk-2000, também da Microdigital. Esse senhor dizia que era muito, e que desperdício ligar o compuador em uma TV colorida…
Aprendi a programar em BASIC num CP-500 da Prológica, e era fascinado com a máquina, mas era ótimo ter o próprio computador em casa.
Esse TK-2000, apesar de ser uma máquina frustrante, já que não era 100% compatível com o Apple II, preencheu tantos dias da minha infância e início de adolescência… Programinhas em basic digitados linha-a-linha… Mas me lembro que meu sonho, desde que soube de sua existência, era um dia ter um modem. Um amigo um dia me emprestou um, era o modem mais famoso da época, não me lembro a marca, era um preto e amarelo, e eu ficava ligando pro Cirandão da Embratel, só para ver o login (eu não tinha a senha).
Depois mexi muito com um MSX de um primo, embora minha paixão era um Apple II que havia conhecido de um amigo que usava o Take One, naquela máquina. Sempre gostei da Apple.
Aí, aos 13 anos, trabalhei numa concessionária VW mexendo num PC-XT. Adorava aquela máquina também…
Aos 15 anos ganhei um Amiga 500, e foi meu primeiro contato com interface gráfica. Adorava o AMIGA. Só larguei a máquina quando a Commodore faliu. Eu já estava na faculdade e, no primeiro ano do real, uma tia havia me dado a grana pra comprar um Amiga 4000. Ligo pros EUA, já que o imposto de importação era 0 naquele natal, e lembro da tristeza quando soube que não vendiam mais amigas.
Não queria eu usar o Windows, embora gostasse muito dos programinhas que via na casa de um colega de faculdade. Mas, ainda na carona do dólar barato, comprei meu PowerMac 6500 em 97, só me desfazendo dele em 2001, quando comprei um G4 Cube num financiamento de 12 meses. O cubo faleceu no ano passado, substituido por um Mac Mini. Isso sem falar no primeiro notebook, de 2004, substituido em 2005 e, novamente, agora, em 2006.
Hoje meu notebook é quase um apêndice da minha personalidade. Vejo TV nele, trabalho nele, me divirto com ele. Nunca um eletrodméstico foi tão onipresente em minha vida como agora. E sinto-me menos só com ele.
Longa vida, pois, aos PC’s.