Pois é. Vigente há um mês, a lei aqui em casa é essa: aos domingos, devo fazer a comida – um domingo eu, um domingo meu primo. Os outros preferem se submeter às nossas experiências culinárias a ter que preparar algo. Nós preferimenos fazer algo diferente ao domingo do que submetermo-nos ao feijão e arroz que seria servido caso não encarássemos.
A dificuldade, na verdade, é saber o que fazer. Não pretendo jamais seguir aquelas receitas que demoram horas para ficar prontas e consomem quantidade enorme de ingredientes. Também não vamos comer pão com queijo, o que seria deprimente num domingo onde, presume-se, as famílias comem algo especial. Ah, os tempos da minha avó: eram intermináveis semanas onde, no domingo, só se comia lasagna. Os cozidos eram feitos aos sábados. Aqui em casa os outros até que tentaram variar, mas acabávamos cansando: cachorros-quentes, tortas de pão-de-forma, lasagnas. Não: inauguramos uma nova era. A cozinha de domingo será especial – será um laboratório, um workshop criativo.
Será mesmo?
Eu fiz o taco 2 semanas atrás. O primo comprou lasagnas prontas, o que é o mesmo que colar na prova… Eu hoje fiquei no meio termo: vi discos prontos de pizza no supermercado e pensei: “é por aqui que eu vou”. Peguei o molho de tomate pronto para pizza, comprei uns queijos, latas de atum, presunto, champignons e palpito, e as danadas foram aprovadas. 4 pizzas. Sobrou uma inteira de atum, mas será comida oportunamente. A de provolone com champignon foi eleita a melhor, embora a de presunto com palmito não tenha deixado a desejar. Agora é aprender a fazer a massa.
O primo não se emenda: sugeri a ele que fizesse um filé ao molho madeira com champignons semana que vem, ao que ele disse: “que nada… vou fazer é pipoca… de microondas!”… Depois o ranheta sou eu…