Eu confesso: meu gosto musical nunca foi dos melhores. Gosto de muita porcaria. Mas normalmente a porcaria que eu gosto é em outra língua, e normalmente não entendo que se trata de porcaria.
Assim como uma amiga alemã, que adorava um pagode bem chinfrim, ou um outro que adora aquela música da bilirrubina (se bem que o jogo de palavras dessa música, pelo menos em espanhol, é muito interessante – aliás, Juan Luis Guerra tem letras muito bacaninhas, como “Como Abeja Al Panar” ou “Visa para un Sueño”, ou, ainda, “El costo de la vida”).
Portanto, confesso que gosto de músicas inconfessáveis. E isso me lembra da excelente “Bettina”, do grupo alemão “Fettes Brot”. Essa música sempre me deu um gás excelente na hora de correr, e me lembra sempre da primeira maratona: correndo feito um louco, gente gritando no passeio, dando força, e essa música tocando no iPod (sim, correr ganha outro sentido com música, ainda que eu perca minha audição rapidinho com esse hábito).
O problema: imagine gritar o verso de Bettina para um público suíço-germânico: “Bettina, pack deine Brüste ein, Bettina zieh dir bitte etwas an.”. Descobri, depois de algum tempo, a tradução: “Bettina, bota os peitos pra dentro, Bettina, por favor, coloque alguma roupa!”…
Descobri que a Bettina era uma apresentadora da TV alemã que usava generosos decotes. E quando o dia tá difícil, dá vontade de gritar pra Bettina… BETTINA!!!! MOSTRA OS PEITOSSSSSS!!! 😀
14/03/2010 em 21:19
adoro isso! uma vez fui fazer uma gracinha e cantar uma peça de coral em alemão e a interlocutora alemã quase desmaiou de rir, pq no meio de uma ode à Floresta Negra eu falava: “estou com cólicas”. bj