Uma das coisas boas de ter vindo pra Oslo foi, finalmente, ter me libertado da Oi. Libertado (ou liberto), digo eu, mais ou menos, já que continuo com uma assinatura básica para receber SMS e preservar o número que tenho desde que Matusalém trocou a primeira fralda.
Mas eis que, ingrato o destino, na Noruega começo a ter problemas com a telefonia. Primeiro, me venderam uma assinatura quando não poderiam fazê-lo, quer porque eu não tenho um número de identidade daqui (apesar de ter perguntado eu se isso não seria um empecilho), e, segundo – e um tanto curioso – por questões de crédito. Sim, aqui não deixam qualquer um ter assinatura de telefone…
Depois de uma novela para receber minhas suadas 100 coroas norueguesas, resolvi assinar um pré-pago, que, grata surpresa, vem com um plano que me permite ligar para o Brasil mais barato do que se lá estivesse! Coisas do mundo…
Só que eles têm uma promoção de um plano de dados. Paga-se 499 coroas (cerca de uns 160 reais) e tem-se 300mb todos os meses, por um ano.
Aí começaram meus problemas: ao tentar comprar o tal cartão com a promoção, o site da empresa não aceita cartões de crédito estrangeiros. Então, liguei pra lá, e disseram para comprar nas lojas. As tais não sabiam do que eu estava falando, quer falasse em inglês, norueguês ou mandarim. Liguei novamente pro SAC da companhia, que me informou que, na verdade, só duas lojas vendem a bagaça – isso depois deste aqui rodar todo o centro de Oslo procurando um lugar pra comprar o cartão (e parecendo um ET, porque ninguém sabia que o que eu queria existe). Fui nas duas lojas. Nada. Liguei novamente. Peça para olharem no sistema, disseram, porque é algo novo. Finalmente olharam, acharam, e me venderam. Teclo o código de recarga. Inválido. De novo. Inválido. Ligo pro atendimento. Vão anotar minha reclamação. Nada. Ligo hoje novamente. Nada.
Enfim, essa é a minha sina, esse é o meu sofrer. Talvez eu deveria abandonar telefones. Mas acho que isso não é uma opção, já que meu mestrado é justamente sobre direito da tecnologia da informação e comunicação.
Para crédito dos noruegueses (e da Chess, a companhia de que falo), o atendimento é impecável, apesar de pago. Mas hoje reclamei de que eu estava gastando muito em ligar pra eles, e, na hora, colocaram 100 coroas de crédito! EBA! 😀
…
Adoro Oslo. Nada me fez mais feliz do que passar pela praça Olaf Ryes, aqui perto de casa. Devo dizer, é uma cidade maravilhosa. Ontem fez um sol lindo, hoje chove. Não importa – adoro isso aqui.