Estudar em outro país sempre parece ser uma experiência fantástica. Estou começando agora, mas estou impressionado com quase tudo que aconteceu comigo até agora desde que cheguei aqui em Oslo.
Em primeiro lugar, a receptividade das pessoas. Fui extremamente bem acolhido aqui, tanto que já participo de um grupo de corridas da Faculdade de Direito. Em segundo lugar, uma pessoa como eu, que carrega a frustração de não ter feito informática, acabou tendo a chance de estudar… informática – sob uma visão legal! Que mais eu poderia querer? Melhor que isso, só acertando na Mega-Sena ou conhecer a Julianna Margulies… 😉
Sempre tem as diferenças culturais: anteontem, ao me despedir, dei um beijo no rosto ao abraçar – ao que parece, isso não é comum aqui. Mas a gentileza das pessoas parece desconhecer fronteiras, como hoje, quando uma estudante me ajudou a entender a forma de fazer a compra do almoço na cantina da faculdade quando me viu em apuros com isso.
E a saudade de casa? Sim, tenho cada vez um pouco mais de saudade. A distância nos dá perspectiva. Eu sempre fui uma pessoa de sorte em relação às minhas amizades. Os amigos que tenho, assim quis a vida, são para sempre. Deles todos sinto muita falta. Mas vivemos em tempos excelentes, apesar de estranhos. Com o computador, posso vê-los de graça a todo o tempo (com a permissão do Sr. Fuso Horário). Isso sempre quebra a saudade em pedaços menores, deglutíveis.
Agora é começar a acostumar com o tempo, que começa a ficar mais feio a cada dia. E estudar novamente, depois de tanto tempo estudando processos específicos…
Hoje fui à Embaixada do Brasil, fazer meu registro consular. É sempre bom ver a bandeira de casa. Mas é sempre bom começar de novo.