Este rapaz que vos escreve sofre de alguma demência. Mas antes de explicar a razão desse diagnóstico, permitam-me explicar algo sobre as residências estudantis aqui de Oslo.
Normalmente, são prédios reformados ou construídos para serem residências. Cada habitante tem um cartão magnético. Para chegar até meu apartamento, tenho que passar por 3 controles. O principal, na portaria, outro para chegar aos elevadores, e outro para entrar no corredor do meu andar. Notem que meu cartão só libera meu acesso ao meu piso.
Pois eu esqueci meu cartão uma vez. Chutei o apartamento de alguém, e esse alguém me deixou entrar. Pedi um milhão de desculpas, mas a pessoa entendeu muito bem o que se tratava, e me disse que também ela já havia esquecido seu cartão.
Pois bem: saio hoje para ver um filme longe daqui, na Universidade, que começou às 22h. Resolvo, não sei se por premonição, ou por cansar de ver um filme que nada tinha de promissor depois dos seus 20m DEBAIXO DE CHUVA, voltar para casa. Chego aqui às 23:10h. E esqueci a merda do cartão…
Então, quando quase ligo para a central de estudantes, aparece um cidadão daqui do pais, dizendo que eu tinha que tentar ligar para algum vizinho, que não é problema fazer isso, e que é uma maneira de conhecer pessoas. Vou eu e interfono pro cidadão do primeiro apartamento. Não é que o cara foi SUPER gente boa, abriu a porta sorrindo, e disse que já aconteceu o mesmo com ele dezenas de vezes?
Enfim, é bom escrever no meu quente e seco quarto agora, quando poderia estar lá fora, com frio, e pagar 400 coroas norueguesas para alguém vir abrir a porta pra mim sabe-se lá a que horas…
A propósito, o nome do filme é “Reprise”. Se alguém quiser me aventurar, me responda se o filme presta ou não!