Hoje saí com vontade de comprar azeite de dendê, algo que se torna possível na Noruega quando se descobre que a iguaria, fora do Brasil, se chama óleo de palma. Como eu já sabia, tava escaldado, e achei direitinho. Claro, tentei (porque tentar é de graça) achar farinha de mandioca, o que, claro, não consegui. Engraçado: tem açaí em algum canto, mas farinha não. Tinha uma parada chamada Farina, mas acho que era algum mico só me esperando para existir! 🙂
As compras fiz em Grøland, paraíso dos saudosistas, estudantes-com-economia-contada e outros que pretendem encontrar produtos importados ou não (me incluo em todas as categorias), mas a custos mais convidativos. Grønland é um bairro essencialmente formado por imigrantes – acho que do Oriente Médio, Africa e sub-continente indiano. Em uma lojinha menor do que o Supermercado Pereira (se você é de Vitória da Conquista e mora no Alto Maron, sabe do que estou falando), mas no mesmo estilo do mercadinho mencionado, encontra-se tudo (menos farinha): feijão preto (espero que seja o correto para fazer um feijãozinho). Não achei nenhum feijão parecido com o que se encontra normalmente no Brasil, exceto esse da foto, além, é claro, do feijão-fradinho, que penso que vou usar para fazer um acarajé hora dessa! 😀
No caminho até chegar à lojinha, vi uma espécie de “mini-feira do Paraguai”. Bem menor do que as nossas, mas com algumas bugingangas a preços melhores: fones de ouvido, baterias recarregáveis, etc. Vi uma outra barraquinha que vendia uma TV suspeitíssima! 🙂 Enfim, me senti em casa com a aparente bagunça, o que é sempre bom em um sábado chocho com chuva.
Gosto de Grønland – tudo é bem misturado, diversificado, fora da assepsia tão onipresente nos mercados, onde as frutas parecem de plástico (mas têm excelente qualidade). Onde se vê gente de toda a parte do mundo, ainda com suas línguas de origem, roupas, etc. Vi ciganos que quase começaram a brigar no meio da rua, muitos dos quais pedintes. Aliás, os pedintes vindos da Romênia (ciganos, segundo uma amiga minha romena, que faz questão de frisar a diferença) são comuns em Oslo, algo que espanta quem aqui chegava pensando que não veria algumas de nossas mazelas por aqui. Vi uns cochilando no chão em Grønland. Imagino que deve ser dura a vida de pedinte em um país tão caro e tão frio. Aliás, vida de pedinte não deve ser boa em lugar nenhum, a não ser que alguém me prove que essa teoria é viável.
Agora é só chamar o povo e fazer uma moqueca e matar um tiquinho a saudade de casa. 🙂
P.S. Mencionei aqui que os skatistas não estavam mais usando o piso da corte de Oslo para suas manobras. Pois com o fim do julgamento de Breivik, voltaram! 🙂 Sempre achei legal o fato de skatistas usarem a frente de um Forum, e é bom saber que algo da normalidade volta à cidade.
30/06/2012 em 19:48
Vai rolar a moqueca na sua “humilde residência”?!?!?! Tá demaaaaissss!!! O que a saudade do Brasil não faz!!! Né? Hahahahahahahaha!!! Beijos! 😀
30/06/2012 em 19:59
A propósito, estou andando a pé e de busu. Acho que desaprendi a ser pedestre! Troço mais esquisito é andar a pé por aqui… Acessibilidade zero. Tudo zero. E andando de ônibus pela primeira vez em Conquista, sendo “apresentada” ao caos, advinha de quem me lembrei (dizendo que adora andar de transporte coletivo nos fds em Oslo)??? E então, pela milésima vez somente nesta semana (e vc sabe pq), eu pensei: feliz é Fran…! 😀
01/07/2012 em 12:17
Hahaha vou tentar fazer, mas não achei uma alma que se candidatasse pra comer!
Sassá, acredite, eu tive meus momentos no busu daí, antes de vir pra cá. Infelizmente, não deixou saudade… hehehe
Beijoooosss!!!