(ou rápida reflexão sobre crença, sem maiores aprofundamentos)
Eu não conseguiria ser ateu, porque eu acho que a vida determinada por meras reações químicas me parece desprovida de sentido e, de alguma forma, o senso de moral artificialmente construído, sem uma justificativa externa, me soa difícil de entender (em princípio, porque exemplos tenho aos montes de que moral e crença nem sempre andam juntas). De certa forma, invejo os ateus que não precisam de um senso de moral externo para se portarem bem (embora não acredito que os crentes o façam apenas por temor).
Mas admitindo a existência de Deus, como eu admito (sim, sou refém da minha crença e do meu pessimismo), é aterrador que Ele, sendo Deus, pode ser tudo o que dizem dEle. Ora, se admito que Ele existe, admito que é uma força soberana e independente. Poderá ser tão bom que não se importa com todas as besteiras que fazemos aqui, ou pode ser que seja tão rígido como os fanáticos pregam.
Opções dadas, prefiro crer na primeira versão de Deus porque, já que preciso crer para ter sentido na vida, que pelo menos seja esse um bom sentido… 🙂