No último dia 24, corri a minha 13ª maratona, desta vez em Copenhague. Desde 2009, tenho conseguido manter a prática de correr duas maratonas por ano, uma por semestre. Ao me mudar para Oslo, em agosto de 2011, as maratonas do primeiro semestre têm sido difíceis em razão das baixas temperaturas e, principalmente, da dificuldade de treinar no inverno. Além disso, resta pouco tempo disponível entre finalmente poder treinar na rua (depois de períodos de gelo e neve) e a realização das provas. Tanto assim que tive que desistir de correr em Roma, no último mês de março, mesmo já inscrito e ansioso para reencontrar amigos corredores – eu não poderia me atrever a encarar uma maratona com temperaturas muito baixas, ainda mais sem ter treinado a contento entre novembro e março. Passada a decepção, tive que procurar algum lugar pra correr ainda no primeiro semestre, e percebi que tinha a maratona de Copenhague e a de Estocolmo – optei pela primeira.
Embora tenha treinado o suficiente para completar a prova, não consegui treinar forte como eu gostaria, pois o tempo em Oslo não foi lá muito bom nessa primavera – chuva e temperaturas muito baixas foram meio que desestimulantes. Mas o importante era encarar a danada da prova, e na semana passada, na sexta, peguei o vôo para a capital dinamarquesa.
Foi uma das maratonas mais bem organizadas que já vi. Quase sem filas para pegar kits ou deixar bagagens, banheiros químicos e urinóis em grande quantidade, muitos postos de hidratação – tudo funcionando muito bem. A exposição não era enorme, mas tinha muitas coisas legais. Tinha a famosa “pasta party”, e foi o maior prato de massa que já vi servirem em eventos do tipo.
No sábado, fui andar um pouco pela cidade, que estava bem festiva com seu carnaval – cheio de escolas de samba!
A prova é excelente, e muito boa para quebrar recordes: a cidade é praticamente 100% plana, então não me recordo de uma única subida no trajeto. Claro que deve ter tido aclive em alguma subida de ponte, ou algo assim, mas no geral não vi dificuldades. A única coisa “chata” foi que algumas vezes tínhamos que correr em paralelepípedos, alguns mais antigos e em rotatórias, o que forçava uma diminuição de ritmo. No final da prova, água e cerveja (sem álcool) a vontade, além de iogurte, frutas, etc. Completei a prova em 3h13m43s, meu melhor tempo em uma maratona no primeiro semestre. Foi uma oportunidade desperdiçada de quebrar meu recorde pessoal, primeiro semestre é sempre mais complicado.
Recomendo a prova. Copenhague é uma cidade que vale a pena conhecer, ainda mais nessa época do ano. Eu já tinha ido lá várias vezes (fica a só uma hora de vôo de Oslo, ou 14-15h de ferry-boat), mas sempre no inverno, portanto não dava para curtir a cidade plenamente.
A meta agora é tentar correr nas outras capitais nórdicas – Estocolmo, Reykjavik e Helsinque. O chato é que, dessas, só Estocolmo tem sua prova no primeiro semestre, e não quero deixar de correr a maratona de Oslo. Ou vou acabar tendo que correr duas vezes no segundo semestre do ano que vem, ou vou ter que deixar de correr em Oslo.