27/04/2011
por francis
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Maratona de Zurique 2011 (ou Ronaldinho vacilou…)

Não sei se porque gosto de ver algo mais nas coisas além do que elas por si só representam, ou porque gosto de um pouco de simbolismo, mas tento ver cada evento como cumprimento de mais uma etapa na vida.

Digo isso porque, como postei aqui no blog em dezembro do ano passado, realizei uma cirurgia de remoção da tireóide. E uma das coisas que me preocupavam era se isso iria atrapalhar minhas corridas. Por isso, de forma absolutamente irresponsável e contrariando orientações médicas, voltei a correr já depois de uns 20 dias de feita a cirurgia. Claro, corria, e ficava uns 10 dias sem correr. Em 19 de janeiro de 2011, o médico falou pra ficar mais uns 40 dias sem correr. Eu havia entendido que já poderia correr após uns 40 dias da cirurgia, por isso a notícia foi um balde de água fria.

Mas corri mesmo assim – com muitas dificuldades, pois ainda precisava encontrar a dose certa do medicamento, por isso nem sempre aguentava completar uma corrida. E pensei que isso nunca iria acabar. A minha médica, no fim de fevereiro, falou para eu correr só uns 5km. Mas, surpreendentemente, parece que a dose correta já foi encontrada, porque, logo depois, passei a correr normalmente. Infelizmente, já havia passado a época de inscrições para a Maratona de Santiago, onde meus amigos iriam correr. Resignado, mas frustrado, achei de ir pra Zurique, quando fui lembrado de que lá iria ocorrer a maratona no período da minha viagem! Como no ano passado já tinha planejado ir justamente pra lá correr, fiz minha inscrição.

E não é que tudo correu perfeitamente bem? Terminei em 3:22:12s, meu melhor tempo até hoje, bem inferior às 3h30m que estabeleci como alvo.

Por isso, percebo que foi um desserviço de Ronaldinho ter dito que um dos motivos de sua aposentadoria foi referente a problemas com a tireóide. Estou perfeitamente bem, ativo tanto no trabalho quanto no esporte, e percebo que, usando a medicação (uma vez por dia), não tenho absolutamente nenhuma diminuição de rítmo nas atividades diárias – o que só ocorreu na fase de dosagem inicial da medicação.

Assim, essa maratona teve o símbolo do recomeço, e espero que outras boas mudanças venham por aí!

Chegada!

12/04/2011
por francis
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Filmes que vi: Em um Mundo Melhor e Chloe

Em um Mundo Melhor

Título original: Hævnen

Filme dinamarquês, excelente. Oscar de melhor filme em língua estrangeira. Muito bom, ainda que um tanto… escandinavo demais. Tá, não me peçam pra explicar porque o “escandinavo” demais. Contentem-se em saber que isso não é necessariamente uma crítica, afinal o cinema tem que refletir a cultura do país onde foi produzido, não?

Chloe

Título original: Chloe (duh!)

Draminha com Julianne Moore, que contrata uma prostituta para seduzir seu marido, a fim de testar a sua fidelidade. Assisti sem compromisso. Não é ruim de vomitar, nem fantástico de ligar recomendando a alguém.

21/03/2011
por francis
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Correr por prazer

Sábado passado, participei de uma corrida aqui na cidade, e foi muito bom ver que as pessoas estão se interessando cada vez mais pela corrida.

É comum, quase todos os dias, alguém me pedir conselhos sobre como fazer para começar a correr. Aliás, acho que todo mundo que corre tem sempre uma história pra contar de alguém pedindo dicas de como iniciar essa “profissão”.

Eu tive a sorte de ter tido um excelente tutor na corrida – o “Notório Norberto”, com quem corria, faz uns 7-8 anos atrás, embora não tenha continuado a correr por longos anos, até que, 3 anos atrás, voltei e não parei mais.

Lembrei do Notório Norberto no sábado passado, quanto um pedido de conselho de um amigo, em uma festa de aniversário, me chateou um pouco.

Disse-me ele:

“Puxa, eu tenho muita dificuldade em começar. O meu personal trainer me disse que tenho que correr por x quilômetros com o batimento de XXX bpm. Isso pra mim é muito difícil, eu não consigo. O que eu faço?”

 

Sinceramente, e eu não estou aconselhando isso a ninguém, é apenas o que eu acho, o que é necessário às pessoas é bom senso, e não tanto de personal trainer – embora sempre ajuda ter alguém te orientando.

Embora os apetrechos tecnológicos fazem a diferença pra correr, embora seja excelente saber o batimento cardíaco, o tempo da corrida, etc. (e chamo a atenção – SEMPRE corra medindo seu batimento cardíaco, até por prevenção), as pessoas estão tirando o aspecto da diversão da corrida.

Ninguém vai se entusiasmar por um esporte se ele significar tortura.

Meu conselho a esse amigo, repetido hoje pela manhã para outro que me pediu ajuda, é o seguinte: corra por prazer. Corra por pouco tempo, tanto quanto você conseguir. Corra sem morrer de cansaço. Se não conseguir correr, alterne 4 minutos de caminhada e 1 de corrida – como Notório Norberto me ensinou e como eu comecei. Corra por você, porque é bom pra sua saúde, porque é divertido. E porque você pode. Você pode não conseguir correr 30 minutos a 140 bpm, mas você pode correr 10 minutos. O importante é começar, um pé após o outro.

Não adianta colocar planilhas e mais planilhas, metas complicadas e distantes. Correr, na minha humilde opinião – opinião de alguém que não tem muita disciplina – deve ser hábito. Não treino para uma maratona, ou uma corrida. Corro porque correr é meu estilo de vida. Meus treinos são minha corrida – as provas são apenas excelentes momentos de comemoração. Mas não corro para as provas – corro para a vida.

Portanto, corra por você. Corra porque é gostoso. Há mil motivos para correr. Eu comecei a correr porque queria perder peso. Mas hoje corro porque sou viciado, dependente, porque é gostoso. Não corro para melhorar meu condicionamento, porque sei que ele vai melhorar.

Não tire o prazer da corrida. Você não vai continuar a correr se isso não te der prazer. Assim, corra porque quer, porque gosta, mas não porque precisa correr a 140 bpm.

Mas, atenção: faça sempre uma avaliação física, use equipamento adequado, e busque informar-se sobre práticas saudáveis: pisos recomendáveis, atenção no trânsito, protetor solar, alimentação, etc. Ah, e a satisfação garantida de ter feito algo por você, porque você quis.

20/03/2011
por francis
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Filmes que vi: O Ritual

Titulo Original: The Rite

Nao gostei. Mas acho que o problema tava comigo. Acho que nao quero ver cenarios tao sombrios, nem exorcismos de demonios escandalosos. Talvez prefira o exorcismo dos demonios mais sorrateiros, quotidianos e resiliantes que assolam a todos nos.

Mas nao sei se posso, em sa consciencia, dizer que o filme eh ruim.

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20/03/2011
por francis
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Arroz com carne de sol

Normalmente a gente escreve no blog para compartilhar solucoes, pensamentos, etc. Mas escrevo pra perguntar uma coisa:

Querendo fazer uma experiencia culinaria, comprei uma caixinha de carne de sol no mercado. Ia experimentar fazer tacos de carne de sol, mas nao achei mais tortillas pra comprar, e ando com preguica de faze-las.

Ai hoje deu uma fome imensa na hora do almoco – daquelas fomes urgentes, que nao permitem que voce saia de casa para ir comer em algum lugar (e cuja unica forma de aplacar foi jogar Angry Birds). Entao resolvi fazer arroz com carne, comida que me traz lembrancas excelentes.

Imaginei que teria que dessalgar a carne, mas nao tenho panela de pressao. Fervi a danada, trocando a agua, por uns 40 minutos. Depois coloquei o arroz, tomate, cebola, etc. Resumo da opera: ficou meio sem sal, mas ficou “comivel”.

So que passei o resto do dia com gosto de gordura de carne de sol na boca. Isso eh normal? Digo, essa carne presta pra isso? Sera que tava crua? Que carne eu deveria ter usado?

Csas como essas deveria me ensinar a nunca mais acender um fosforo pra tentar cozinhar qualquer coisa.

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Location:R. Pastor Arthur S Freire,Vitória da Conquista,Brazil

14/03/2011
por francis
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Filmes que vi: Cisne Negro, O Turista, Doce Vingança

CISNE NEGRO

Título Original: Black Swan

Filme muito bacana, mas muito dramático. História de uma bailarina e sua obsessão pelo papel principal de um espetáculo.

O TURISTA

Título Original: The Tourist

Não sei, achei que… É que se trata de Angelina Jolie topar de propósito com um estranho em um trem, apenas para despistar a polícia, que estava atrás de seu namorado. Só que ela se apaixona pelo cara. O que, quimicamente falando, parecia impossível, o que pra mim foi a falta de verossimilhança imperdoável do filme.

DOCE VINGANÇA

Título Original: I Spit on your grave

Refilmagem de thriller dos anos 70. Forte. Muito forte. Não faça como eu, assistindo um troço tão bárbaro desses em um domingo a noite. Moça procura sossego em cabana no meio do mato, e é brutalmente violentada por um grupo de rapazes. Não sei o que chocou mais – a violência sofrida pela moça ou a vingança da personagem.

12/03/2011
por francis
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MacOS X Lion e full screen apps

Logo que comecei a usar o Mac, há cerca de 14 anos atrás (parece que foi ontem), uma das coisas com as quais me acostumei logo foi o conceito de janelas. Tal conceito já existia no Amiga, meu computador anterior ao meu primeiro Mac.

Sim, o Windows tem janelas. Mas as janelas no Windows foram perdendo um pouco a importância desde a versão 3.11. Naquela versão, tudo no Windows era feito em alguma janela. Hoje também.

Mas o que eu quero dizer é que no Windows, o comum é usar um aplicativo que toma a tela toda. Não é muito comum rodar aplicativos em pequenas janelas, lado a lado. Normalmente, cada aplicativo acaba tomando a tela toda. É assim com o Word, com qualquer navegador, etc.

No Mac, sempre meus amigos reclamavam que minha área de trabalho (Desktop) era muito caótica, porque tinha muita coisa aberta ao mesmo tempo (isto é, sendo exibidas de uma só vez). É que, para a Apple, a idéia era usar ao máximo a metáfora da mesa do escritório – ou seja, replicar na tela do computador um ambiente de trabalho comum, com documentos, calculadoras, pilhas de arquivos, etc.

Por isso, é comum usuários do Mac visualizarem, ao mesmo tempo, lista de contatos de instant messengers, janela do navegador, player de música, e-mail, etc. Hoje em dia, graças ao grande número de programas que utilizamos, às vezes é meio que estressante usar tanta coisa ao mesmo tempo. Mas, confesso, quando uso Windows, me sinto meio que limitado em produtividade em relação a ter tudo ali, à mão, pronto pra ser clivado e arrastado de um canto pra outro.

Minha confissão acima, agora, está sendo questionada por mim mesmo graças à própria Apple. Explico: no iPad, só é possível visualizar um aplicativo por vez. Pra muita gente, isso se tornou um fator de limitação do aparelho. E, devo admitir: é mesmo. Gosto de manter a janela do Skype aberta enquanto estou fazendo outra coisa no computador. Ou a do twitter. Mas, graças a essa “limitação” do iPad, com esse aparelho hoje eu consigo ler sem ter minha atenção desviada, consigo escrever sem saber que fulano ou sicrano acabou de se conectar, e consigo até jogar paciência sem perdê-la… 😉 Ler meus feeds de RSS, por exemplo, é mil vezes mais confortável no iPad do que no computador.

Parece um contra-senso, mas visualizar apenas uma coisa por vez tem o seu lugar. Mesmo no Mac, percebi que usar processadores de texto com recurso de full screen (como o excelente WriteRoom) fazem com que as palavras fluam com mais facilidade.

É claro que isso tem também um lado ruim: ir de um lado para o outro é sempre mais complicado quando apenas um aplicativo tem lugar na tela. Clicar em um link enviado no instant messenger é uma tarefa chata, porque significa múltiplas idas e vindas. Também não é possível ver a imagem de alguém por video-conferência e, ao mesmo tempo, ler as notícias ou ver um documento.

Porém, a própria Apple percebeu que há muita gente que se surpreendeu com esse tipo de abordagem na interface dos programas, e já promete para o Lion (próxima versão do MacOS X) o recurso de usar aplicativos em tela cheia, ou melhor, tomando toda a área visível da tela. Eu me imagino muito usando isso no e-mail, por exemplo.

Mas e você, o que acha? Um aplicativo por tela, ou vários? O que é mais produtivo? Usar só um aplicativo por tela é um retrocesso?
Perguntas, perguntas, perguntas…