25/07/2009
por francis
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Todo sábado

Comecei a escrever um post tão depressivo que acabei eu mesmo deletando-o. Ora, o que os leitores vão pensar de mim? Sábado à noite, escrevendo algo tão sombrio?

Portanto, vou ser engraçadinho no presente post – tá, engraçadinho, não, que também não sou tão ciclotímico para passar do “depressivo” ao “eufórico”, mas pelo menos não vou frustrá-los ou prometer e não entregar.

Enfim, o sábado foi como todos os outros: almoço no shopping, idas ao supermercado, acrescido de experiências com pães na tal máquina de fazer pão, e assistindo a podcasts. Estou na dúvida se vou ou não à maratona de Curitiba, em novembro.

Essa semana chega o brinquedinho novo, o Macbook Pro, e vou montar minha nova rede de casa, agora 801.11n, para que eu possa transmitir nenhum arquivo para nenhuma outra pessoa. Sim, às vezes me surpreendo com as coisas que compro no impulso. Semana passada comprei uma $#%^& de um tablete gráfico, achando que o MacOS X iria reconhecer lindamente a minha escrita. Ora, se a minha professora da 4ª série (e, pra mais ou pra menos, suas sucessoras) nunca entendeu a minha caligrafia, por que raios esperava eu que o computador entendesse? Pronto, mais um troço que não sei onde guardar, a não ser que o talento de um photoshopista baixe em mim. Na verdade, desconfio que, enquanto não casar, nunca vou conseguir usar dinheiro de alguma forma racional. Dizem que as mulheres são excelentes em nos fazer economizar. Vai ver é isso que preciso fazer: me casar, seja pra ter com quem dividir a tal rede 801.11n, seja para ter uma personal finance manager, ou whatever.

Gadgets, gadgets, gadgets. As coisas que compramos e que nunca usamos. O tal do Wii, coitado, essa semana teve um breve retorno à usabilidade. O appletv, ainda bem, uso para ver os filminhos baixados e que nunca vão ser exibidos no cinema daqui, que nem filme legendado passa, quando mais filme chinês. Em compensação, a máquina de fazer pão tá bombando, e eu engordando.

Em outubro vou à Chapada – Lençóis. Vamos ver se um pouco daquelas trilhas traz de volta o resto da sanidade que se foi.

Dani ligou ontem, e isso já me basta. 🙂

Esses dias tive que conversar com telefone com uma colega de Londres. Engraçadíssimo conversar em inglês sobre direito. Se fosse sobre informática ou pornografia (hehehe!), tudo bem, mas sobre direito? 😀

Amiga em Timor-Leste, voluntária da ONU – duro saber que você tá tão longe, apesar de que, quando estava aqui, a gente não se via tanto, né? Mas sabia que você tava ali, pertinho, naquele agreste lá no norte. Bom, aprenda tetum, fiscalize as eleições, e volte logo, que não aguento mais a idéia de comprar uma calça jeans sem você me perturbar até eu lhe dar um cascudo! 🙂

4 de 4 pessoas com quem falei essa semana sobre depressão já a tiveram ou a têm. Durma com um barulho (ou silêncio) desses.

Senhor, posso pedir um Mini Cooper S de presente? Posso?

Descubri que a Starbucks no Brasil não trabalha com franquias. Pena: se ganhar hoje na mega-sena não vou poder realizar mais um dos meus sonhos megalomaníacos de abrir 3 lojas Starbucks aqui em Conquista, para tomar 3 ou 4 copos grandes de Moca. Bosta.

25/07/2009
por francis
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Fotografia


Era tão menina…

Originally uploaded by escutegarota

Um dia tenho que aprender…
Meu pai (a quem assim chamei toda a vida) era fotógrafo. Eu deveria ter aprendido alguma coisa. Acho que foi por isso que comprei essa Canon pocadona, mas a ignorância que me persegue me impede de usá-la para tirar boas fotos.

Essa conterrânea, por outro lado, faz arte com qualquer lente. A ela, minha admiração.

05/07/2009
por francis
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Epa, faltou um título! :)

Coisas que ando fazendo ultimamente:

1 – experimentando comida nova, já que pretendo voltar a uma rotina dura de treinamento de corrida. Moquecas de Pitu, sushis aos borbotões, McDonald’s e o mais novo delivery de comida chinesa da cidade: China Ê – muito bom! Por falar nisso, como será “hashi” em chinês? Em todo caso, desisti de usar hashi pra comer macarrão – meleca tudo quando você deixa cair.

2 – assistindo a video podcasts mais do que TV. Cranky Geeks é realmente muito legal, além de Loaded, MacBreak, etc.

3 – trabalhando bastante.

4 – evitado o noticiário político. O mundo agora é muito pragmático, mas a política é de um pragmatismo que retira todo o humanismo que deveria permear qualquer função cujo fim é administrar o que é nosso. Não, não encontro paradoxo maior para resolver do que a admiração que tenho pelo presidente, a aprovação que faço, em geral, do seu governo, e o apoio a Sarney. É correto ser pragmático? Eu sempre condenei os governos de “direita”, ainda que apresentassem bons resultados, porque era eu um homem de princípios. E agora, sou o que mesmo?

5 – comprem máquina de fazer pão. Aquilo é fantástico. Gostaria muito de comprar uma máquina Nespresso, mas o preço das cápsulas no Brasil é o dobro daquele praticado na Europa, o que afasta qualquer chance de usar aquilo por aqui.

Não quero criticar a forma de comportamento das pessoas, de toda essa indústria de diversão que existe na Bahia, e nem quero que o meu (aparente) comportamento antisocial (será que ainda há hifen para antisocial? será que já houve?) influencie essa opinião, mas não é um pouco demais o fato de que as pessoas por aqui vivam procurando festas semanalmente para irem, como se todo o sentido da vida fosse ver e ser visto? Ou será que é rabugice minha, e as pessoas realmente precisam disso e eu é que não estou vivendo direito?

Ora, vamos e venhamos: em uma cidade como Vitória da Conquista, onde praticamente não existe um site jornalístico (a não ser blogs, mas sem um noticiário estruturado local), não será maluquice a existência de vários sites destinados a publicar fotos das pessoas em eventos, e que essas pessoas publiquem essas fotos em suas redes de relacionamento social, como se dissessem “Estou vivo, estou aqui, não estou de fora!”? Vejam bem, eu mesmo publico várias fotos minhas e de amigos nas redes onde tenho cadastro, mas normalmente porque foram momentos muito importantes, de boas recordações, e que, de certa forma, me mantém em contato com aqueles que moram longe. Mas fotos idênticas tiradas apenas com camisas de shows diferentes me parecem sintomas de um problema maior: nessa nossa cultura do espetáculo, a contemplação não existe – agora há a necessidade dos tais 15 minutos de fama, de ser cool, de virar hype, e de pertencer ao mainstream pasteurizado da última banda brega do momento.

Quá, decididamente, prefiro ambientes mais leves, menos barulhentos, onde posso estar com amigos e poder escutá-los, rir com eles. Andar, correr, ver coisas. Sim, preciso sair um pouco mais, mas quando se tem boa companhia, isso acaba sendo tudo o que se precisa de fato.

Agora que é meio neurótico preferir corrigir uma instalação de ubuntu que não funciona a sair pra esses eventos, lá isso é… 🙂

P.S. – Uma boa dica para rádio online é a www.rautemusik.fm – uma rádio pop alemã que passa umas coisinhas legais!

Amigo meu todo culto vive criticando meu gosto musical. Tá, eu sei que sou tosco no que se refere à música. Dificilmente acho quem combina comigo no gosto musical, e dificilmente gosto do que todo mundo ouve. Agora uma pessoa gostar de manele (rítimo brega da Romênia) e de música clássica ao mesmo tempo parece um sintoma digno de algum psiquiatra.

Falando no assunto, ouçam essa música que foi a representante da Estônia no último Eurovision – é linda, como o é o idioma daquele país – um idioma próximo ao finlandês e de uma sonoridade magnífica, tal como aquele.

26/06/2009
por francis
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Panis et Circenses

Como diz um amigo meu, no capitalismo a gente preenche o vazio existencial com o consumo. É verdade que minha existência não é assim, puxa, repleta, mas devo confessar que sou um curioso das coisas, e um eterno nostálgico. Ao morar na Noruega, sentia falta de tacos mexicanos que lá eram comuns. Não sosseguei até aprender a fazê-los. Após essa última viagem que fiz há 2 meses, pensei que seria bom ter pães diferentes por aqui. Decididamente, o forte do Brasil não é o seu pão. Pensando nisso, e é aqui que queria chegar, comprei uma máquina fazer pão. Jogam-se os ingredientes, e ela faz o resto. Só fiz uma receita até agora, e ficou boa. Mas queria fazer um pão mais escuro e com casca grossa, dura, assim como os pães suiços. Onde será que encontro tais receitas? Google? 🙂

17/06/2009
por francis
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Como usar o iPhone 3.0 como modem

Instrução fantástica aqui. Com o iPhone novo, muita gente com o aparelho desbloqueado não conseguiu ativar a função de compartilhamento, o que permitiria usar o iPhone como modem 3G para conectar o notebook à net.

Aqui o problema foi resolvido.

O MMS, todavia, não funciona…

17/06/2009
por francis
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Ferrovia Oeste-Leste em Vitória da Conquista – Por que não?

Uma coisa que, para mim, não faz o menor sentido é o fato de que a Ferrovia Oeste-Leste, a ser construída ligando o oeste da Bahia ao porto de Ilhéus não vai passar por Vitória da Conquista, e sim por Jequié. Alguém sabe me dizer a razão disso?

Ora, todo leigo me diz que, devido à altitude, seria inviável que tal ferrovia passasse por aqui. Mas isso, ao que eu saiba, não é barreira. Fosse assim e não existiria ferrovia em outros locais.

Acho que a OAB, a Prefeitura de Vitória da Conquista, bem como outras entidades, deveriam se mobilizar para tentar fazer com que o Governo do Estado repense isso. Vitória da Conquista, por ser entroncamento rodoviário de grande importância, é lugar natural para passagem de rodovia.

Alguém quer se juntar a mim para fazer esse movimento?

15/06/2009
por francis
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Entrevista em Portugal

Uma mistura do nosso Saraiva, embora, reconheço, sem a pitada de maldade deste:

A apresentadora pergunta à entrevistada:
– Como podemos começar essa entrevista?
Ao que a entrevistada responde:
– Não sei… fazendo perguntas?

😀

08/06/2009
por francis
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Kirkenes

Por alguma razão, se é que há razão nessas coisas, e, digamos que exista – poderá ser o frio que faz hoje, por exemplo – peguei-me a pensar em Kirkenes.

Kirkenes é uma pequena cidade do Município de Sør-Varanger, na Noruega, onde morei entre 1999 e 2000. O que havia ouvido sobre esse lugar é que lá era frio. Não um frio qualquer, mas sim um dos lugares mais frios da Noruega. Quando lá cheguei, puxei conversa com o motorista do ônibus que ligava o aeroporto à cidade, dizendo em meu norueguês macarrônico: “Nossa, aqui faz frio!”, o que o simpático senhor respondeu, após rir um bocado: “Você ainda não viu nada”.

No caminho para o centro da cidade, placas de trânsito em Norueguês, russo, com seu alfabeto cirílico, e inglês. Neve por todos os lados. Não, eu ainda não tinha visto nada.

Nos primeiros dias, a descoberta do mundinho que me cercava: as pessoas não necessariamente gostam de falar com estranhos, algo ao qual os brasileiros como eu não estão necessariamente acostumados. No entanto, comecei a gostar daquele lugar, mesmo com apenas dois canais na televisão, o que não ajudava a fazer o tempo passar naquela paragem onde só fui ver o sol depois de 2 meses – tínhamos 2 horas de claridade e o resto era noite.

Lembro-me do supermercado, onde o preço do refrigerante não era o mesmo que se pagava no caixa – lá, cobravam a garrafa em separado, o que já me fez passar um ou dois vexames. Recordo-me dos escorregões no gelo das ruas, de distribuir jornais, de carregar a árvore de natal, de ir à caixinha do correio pegar correspondência (que quase sempre eram anúncios inúteis, exceto quando recebi os CD’s do Linux e quase detono o computador da ex), e de como era bom pegar aquele ônibus para ir aprender o idioma.

Talvez tenha sido Kirkenes que tenha me tornado um homem adulto, coisa que, até então, a faculdade não havia logrado fazer. Lá cozinhei sozinho, e tive que aprender a tirar neve da frente de casa. Lá procurei emprego, lá fiz trabalho voluntário de verdade, quase sempre tirando neve da casa de velhinhos que nos davam chocolate. Naquela cidade longe do mundo fui feliz, mesmo sabendo que ali não teria muito o que fazer.

Lembro-me das idas a Näätämö, lugarejo finlandês próximo à fronteira, e de ter comprado a pior sidra da minha vida, e a melhor costelinha de porco. Penso na ida à igreja (Grense Jakobselv?) na páscoa, e ter andado de snow-scooter. De visitar a mãe de amiga turca no hospital, e na saudade que tinha dos amigos refugiados, todos temerosos pelo futuro. Não mantivemos contato, mas sei que a maioria foi deportada.

Sábado era sempre dia de taco e de chips de batata frita com rømme (sour cream), com clones da coca-cola (Husets cola). Gosto de pensar às vezes na cantada língua norueguesa, com seus sons estranhos aos quais me habituei. Lembro-me dos minutos de espera pelo ônibus na biblioteca, conversando com outros forasteiros naquele fim de mundo, alguns fugindo da guerra, outros buscando xamãs do povo Sami (lapões), e outros apenas matando o tempo.

Há tanto mais na cabeça, tantos personagens, tantas ruas andadas, tantos momentos impregnados de sabores, risadas, idiomas, cheiros e sons, que gostaria de narrá-los todos, medo que a memória se perca.

Não sei se minha Kirkenes ainda existe. Não sei sequer se já foi minha. Mas sei que um dia terei que conferí-la de perto, ver se foi apenas uma peça pregada pela minha cabeça em seus devaneios tortos ou se de fato vivi aquilo, cursei aquela faculdade da vida e trouxe comigo o diploma, não se de que. Mas sei que o garoto que lá chegou cheio de esperanças voltou homem cheio de dúvidas, porém sempre com saudade, essa maldição ou benção, já não sei,

08/06/2009
por francis
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Quem pergunta o que quer, ouve o que não quer…

Mandei o seguinte e-mail à administradora das salas de cinema do Shopping aqui da cidade.

“Caros senhores, Gostaria de saber a razão pela qual só são exibidos filmes dublados aqui em Vitória da Conquista. Puxa, ir ao cinema é uma excvelente experiência que não faz sentido com filmes dublados. Por favor, repensem essa atitude! Queremos filmes legendados!! Atenciosamente, eu.”

Recebi a seguinte resposta:

“Bom dia!

Agradecemos seu e-mail!

Primeiramente gostaríamos que soubesse que sentimos muito pelos fatos ocorridos, e agradecemos imensamente o seu alerta. Saiba que, graças a clientes como você, poderemos melhorar e aprimorar cada vez mais os nossos serviços, e, principalmente, o atendimento aos usuários da rede Moviecom.

A programação dos cinemas, os títulos e tipos de cópias em exibição, se serão dubladas ou legendadas, muitas vezes não depende apenas da vontade das empresas que os administram. Trabalhamos muito em cima dos estudos de mercado para atender o melhor possível às expectativas dos clientes. Neste último ano percebemos um aumento muito grande na procura de filmes dublados. 70% do nosso público espera e busca filmes dublados. Outro fator é que estamos sujeitos ao número de cópias disponibilizadas pelas distribuidoras para um determinado filme. A título de informação, é raríssimo um grande lançamento que chegue a ter 500 cópias disponíveis para todo o território nacional. Hoje no Brasil, existem mais de 2.200 salas de cinema.

Gratos

Equipe Moviecom”

Gostaria de dizer coisas, até porque gosto de dizer coisas, mas não digo nada. Só não me parece que as salas têm lá grande movimento, e não sei se isso se deve a fatores culturais ou se são as dublagens que afugentam os frequentadores. Mas, enfim, se pra eles, que visam o lucro e devem saber o que fazem, esse é o caminho, resta-me, apenas, não ir mais ao cinema.

07/06/2009
por francis
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Obs:

Corri hoje. Joelho não doeu.
É que, desde que voltei da maratona, o danado doía após um treino. Descobri que tenho que pegar leve, correr um pouco menos e, assim, voltar à forma aos poucos.