Com perdão de mais um post com temática portuguesa… Essa recebi do Pedro, sobre a letra de música de um hit português. Quase morri de rir… 🙂
Esta é dedicada aos 120 mil que compraram o álbum!
João Pedro Pais, poeta injustiçado
João Pedro Pais é, para alguns, o melhor músico da sua geração.
Paraoutros
é o “Robbie Williams português”. Paramim é um dicionário de rimas
ambulante.
Um dicionário de sinónimos Porto Editora, uma Enciclopédia e o CD “Falar
por Sinais” são o necessário para uma tarde bem passada a fazer
Palavras-Cruzadas.
Mas não nos fiquemos só pelo riso sufocado enquanto desligamos
rapidamente
a RFM. Numa primeira tentativa de encontrar o real significado de cada
verso por detrás do elevado estado alcoolizado do autor,tenho o prazer
de
apresentar uma análise cuidada do hit “Um Resto de Tudo”.
Um Resto De Tudo
Desce pela avenida a lua nua
(Estou a descer uma avenida à noite)
Divagando à sorte, dormita nas ruas
(Estou desorientado e com sono. Ao usar ruas em vez de “avenidas” já
consigo quase rimar com lua nua)
Faz-se de esquecida, a minha e tua
(Não sei o que acabei de escrever mas pelo menos “tua” também rima com
lua
nua)
Deixando um rasto, que nos apazigua
(Lua, nua, ruas, tua, apazigua. Boa. Vem aí o refrão!)
Refrão:
Sou um ser que odeias mas que gostas de amar
(Uma contradição fica sempre bem)
Como um barco perdido à deriva no mar
(Grandiosa comparação: “Um ser que odeias mas gostas de amar como um
barco
perdido à deriva no mar”. As outras hipóteses eram “como um pássaro
ferido
a tentar voar” e “como um bife vendido, num talho do Lumiar”
A vida que levas de novo outra vez
(“De novo outra vez”, espero que seja suficiente para passar a ideia de
repetição)
O mundo que gira sempre a teus pés
(A Terra gira sobre si própria. É um facto. Já Copérnico o afirmava, mas
nunca foi Disco de Platina)
Sou a palavra amiga que gostas de ouvir
(Tu e mais 120 mil que compraram a m**da do cd)
A sombra esquecida que te viu partir
(Pá, fica mesmo giro isto de meter sempre um adjectivo estranho à frente
dos nomes: palavra amiga, sombra esquecida, noite vadia…)
A noite vadia que queres conhecer
(Abordagem a problemas sociaiscomo a vadiagem e a prostituição)
Sou mais um dos homens que te nega e dá prazer
(Mais uma contradição, estou imparável!)
A voz da tua almaque te faz levitar
(Um certo exotismo oriental)
O átrio da escada para tu te sentares
(Não rima muito bem com levitar,damn it! )
Sou as cartas rasgadas que tu não lês
(Não entendo pá, será que ela não gosta dos meus poemas?)
A tua verdade, mostrando quem és
(O que é a Verdade? Quem somos? Paraonde vamos?)
Entra pela vitrina surrealista
(Eu optava pela porta, mas isso sou eu)
Faz malabarismo a ilusionista
(Ou “faz contorcionismo a trapezista”
Ilumina o céu que nos devora
(Estou completamente pedrado)
Já se sente o frio, está na hora de irmos embora
(Devora, hora, embora…)
Sou um ser que odeias mas que gostas de amar
Como um barco perdido à deriva no mar… (gostava mais do bife no talho
Do Lumiar, mas o que fazer…)
20/01/2004 em 21:19
rindo, rindo muito mesmo… :o)))
21/01/2004 em 15:10
Vc já pegou seus CD’s com Martinha ?
Cheiro,
Cams
21/01/2004 em 16:13
Quem, eu?? ainda não fui a SSA… 🙁 chuif..
23/01/2004 em 12:57
cAMILINHA!!!!!
Que desencontro, heisn, menina?? Fiquei triste e continuo com muitas saudades…
Beijos!