O Brasil província

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Hoje fiquei emputecido. Caralho, tava a fim de ir a um lugar excelente aqui em Conquista, onde se pode comer coisas tão diferentes quanto sanduíches, acarajés e açaí. É um lugar perfeito para uma Happy-hour. Quem é daqui, conhece – “O Acarajé da Olívia”. Ao chegar lá, tipo 5:30 da tarde, não deu pra ficar: ligaram um carro de som com música da PIOR qualidade. Podia ser da melhor, tanto faz. O que irrita é que as pessoas perderam, se é que já tiveram um dia, a noção de respeito às outras pessoas, ao espaço alheio. Será que já ocorreu ao dono do local que aquilo espanta freguesia, que gostaria muito de aproveitar a simpatia do lugar? Isso tudo é, pra mim, falta de educação, de respeito, de civilidade. Mas vou esperar o que?

Olha, não sou careta, não quero atrapalhar a diversão de ninguém. Mas se trata de espaço público (as mesas ficam numa calçada), onde caminham jovens, adultos, idosos e crianças. Será que a maioria adora ouvir som nas alturas? Será que, para uma sexta-feira à tardinha, colocar o som do tipo “arrocha” nas alturas é algo popular? Por que os donos dos estabelecimentos permitem? Eles gostam daquilo? ME DIGAM, ELES GOSTAM DAQUILO???? Sim, porque parece que nunca mais vou poder frequentar aquele lugar, de gente tão simpática (são, pra mim, as melhores vendedoras de acarajé do mundo, muito simpáticas). Enfim, lamenntável.

A sorte é que Dona Vera, do Lisboinha, me garantiu que nunca vai permitir que isso aconteça no estabelecimento dela. Pena que lá só se vende sanduíche.

Outro assunto que me incomodou um pouco na blogosfera nessa semana foi um post da doce Bia, reproduzindo comentário feito no blog do Xfer. Ora, eu sei que não foi exatamente isso que ele quis dizer (ou foi?), mas precisa agora ser profissional para postar no Flickr? Acho que a idéia de fotolog é outra, e me perdoem se estou enganado. Acredito que a idéia é democratizar a expressão individual. Da mesma forma que os blogs servem para que se diga muita besteira (categoria na qual humildemente me incluo), talentos se revelam através deles. O que conta é a oportunidade, a disponibilidade da mídia. Se agora o caso é não se aceitar que amadores ou mesmo tiradores-de-fotos-eventuais-sem-compromisso-que-só-querem-mostrar-as-fotos-aos-amigos, corre-se o risco de elitizar a bagaça. Se eu quiser ver fotografia profissional, ou mesmo arte, sei onde buscar, obrigado. Não gosto de fotos desfocadas, mas acho que o jovem que usa a net para criar suas comunidades virtuais e as posta não está estragando coisa alguma.

E o modo de falar, bem, isso é fenômeno mundial. Hoje me peguei atendendo a uma cliente e fazendo o relatório dela no meu Filemaker em linguagem, er, digamos, internética. E daí? Foi rápido pra mim. Agora, quando eu começar a fazer uma petição assim, aí o mundo estará perdido… 🙂 Acho que a informalidade faz bem à net, e fico feliz em ver essa nova geração tão familiarizada com tecnologia, usando e abusando.

Lógio que nós brasileiros somos meio over. Acho que o que estragamos realmente foi o Orkut, através dessa mania de adicionar gente que não se conhece de verdade. Isso é ridículo, só pra inflar lista de amigos. E agora começou essa esculhambação de postar gráficos e correntes… merda…

Mas enfim, o princípio número um é o da liberdade, desde que respeitando os limites de cada um… ou não?

Autor: francis

the guy who writes here... :D

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