Mal acabei de redigir o post anterior, e veio a notícia que a Procuradoria Geral Eleitoral entrou com Representação Eleitoral pedindo a retirada do twitter do governador da Bahia, Jaques Wagner.
A coisa é absurda, e os nobres doutores são incapazes de pensar nas consequências de seus atos. Eu pergunto: em que um twitter fere a igualdade nas eleições? Acompanha um twitter quem quer. Tem um twitter quem quer. Mas a PGE quer impor censura, estimulada por uma lei feita por deputados que não entendem a internet.
Agora vejam a perversidade: Se o Geddel Vieira Lima começar a desancar o Jaques Wagner no twitter, aposto que ninguém fará nada, porque tratar-se-á de uso da liberdade de expressão, quando, na verdade, poderá ter a intenção de prejudicar outro candidato. A linha é tênue e de um subjetivismo que torna impossível a distinção. Mas uns superhomens acham que podem distinguir: O sr. Procurador Eleitoral disse que o julgamento é difícil, mas possível, como se pudesse agora a justiça decidir e arbitrar coisas tão subjetivas.
Aliás, o sr. Procurador Eleitoral disse também que a justiça deve analisar caso a caso, como se censora fosse, como se fosse normal haver a insegurança jurídica total, como se os candidatos tivessem que viver sob a corda bamba, sem saber se podem ou não fazer determinado pronunciamento.
Se eu disser aqui que sou candidato, arrisco a levar multa! Veja que absurdo!