30/03/2008
por francis
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O almoço de domingo

Pois é. Vigente há um mês, a lei aqui em casa é essa: aos domingos, devo fazer a comida – um domingo eu, um domingo meu primo. Os outros preferem se submeter às nossas experiências culinárias a ter que preparar algo. Nós preferimenos fazer algo diferente ao domingo do que submetermo-nos ao feijão e arroz que seria servido caso não encarássemos.

A dificuldade, na verdade, é saber o que fazer. Não pretendo jamais seguir aquelas receitas que demoram horas para ficar prontas e consomem quantidade enorme de ingredientes. Também não vamos comer pão com queijo, o que seria deprimente num domingo onde, presume-se, as famílias comem algo especial. Ah, os tempos da minha avó: eram intermináveis semanas onde, no domingo, só se comia lasagna. Os cozidos eram feitos aos sábados. Aqui em casa os outros até que tentaram variar, mas acabávamos cansando: cachorros-quentes, tortas de pão-de-forma, lasagnas. Não: inauguramos uma nova era. A cozinha de domingo será especial – será um laboratório, um workshop criativo.

Será mesmo?

Eu fiz o taco 2 semanas atrás. O primo comprou lasagnas prontas, o que é o mesmo que colar na prova… Eu hoje fiquei no meio termo: vi discos prontos de pizza no supermercado e pensei: “é por aqui que eu vou”. Peguei o molho de tomate pronto para pizza, comprei uns queijos, latas de atum, presunto, champignons e palpito, e as danadas foram aprovadas. 4 pizzas. Sobrou uma inteira de atum, mas será comida oportunamente. A de provolone com champignon foi eleita a melhor, embora a de presunto com palmito não tenha deixado a desejar. Agora é aprender a fazer a massa.

O primo não se emenda: sugeri a ele que fizesse um filé ao molho madeira com champignons semana que vem, ao que ele disse: “que nada… vou fazer é pipoca… de microondas!”… Depois o ranheta sou eu…

23/03/2008
por francis
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Keep it simple

Pois bem: eu tinha um Mac Mini em casa, e levava o meu Macbook Pro todos os dias para o escritório. Levava e trazia.

Porém, semana passada, tive o maior susto: a tela do MBP apagou de vez, e eu sem saber a razão disso. Fiquei em pânico, já que o MBP era minha máquina de trabalho. Peguei o monitor de casa, e vi que o defeito era só na tela. Vi, então, uma promoção de Mac Mini (já intel, o meu, de casa, era PPC), e decidi comprar um, já que não me parece aconselhável ficar andando pra cima e pra baixo com a máquina de trabalho. No outro dia, por milagre, a tela do MBP voltou a funcionar (acho que foi um problema de software, pelo menos quero crer que sim). E agora o MBP perderia sua função principal, que era a de ser usado no escritório.

Refleti, e percebi que seria redundante ter 2 máquinas o tempo todo em casa. Então fiz uma grande migração: o Mac Mini antigo foi doado à minha mãe, e o MBP passou a ser meu desktop e notebook. E meu quarto pareceu melhor, sem tantos fios como antigamente, já que no Mac Mini antigo ligava 2 hubs com várias conexões. E o HD externo que usava nele vou agora dedicar ao Time Machine, software de backup que vem junto com o Mac OS X.

Agora deixo de ficar carregando peso de casa pro escritório e vice-versa, tenho uma máquina mais veloz 100% do tempo em casa e, no trabalho, a certeza de maior segurança pros dados (já que vou colocar um HD externo para backup lá também). Como nem tudo são flores, a única coisa ruim é o fato de, ao querer usar o MBP na cama, ter que desplugar hub, HD externo e placa de som, que agora vou me dar ao luxo de usar o microfone do falecido Abobrinhas Digitais, porque o mic interno do MBP é uma vergonha.

21/03/2008
por francis
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Páscoa e canelite

Caros amigos,

Conforme dito em vários momentos aqui nesse fétido blog, quando corro costumo sofrer de canelite. Explicação sobre a canelite foi dada pelo leitor Felipe Carioca, aqui. Pois bem: em determinada ocasião, cheguei a ter que parar de correr e fazer hidroginástca para acabar com a tal dor. Um dia, comentei com um juiz que, além de magistrado, é corredor (e muito bom nas duas atividades, diga-se), e ele me disse: “o que? essa dor na canela? Ah, eu sinto isso às vezes, mas não ligo não…”. Agreste, simples e, porque não, lógico. Afinal, “no pain, no gain”.

Como voltei a correr, a dor começou a voltar. E começou a ir embora!!!! Na segunda feira senti a puxada, na terça durou os primeiros 3 minutos de corrida, na quarta 2 minutos, ontem 1 minuto, e hoje, quase nada! Enfim, perdi meu tempo fazendo a hidroginástica!

E, para comemorar a Páscoa e compensar as calorias ganhas, dei um pique maior hoje… yeahhhh 😀

20/03/2008
por francis
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Infelicidade é…

… perder 5kg em 1 mês e meio, parecer que perdeu só 1kg, e precisar perder mais 4kg…

17/03/2008
por francis
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Ao Bradesco, com carinho

Caro Bradesco,

Nunca disse isso antes, mas acho que você é uma jóia de banco. Sempre quebrou meus galhos quando precisei de você. Lógico, não por amizade, que sei que os juros falam por si. Nunca, porém, passou pela minha cabeça mandar-vos para um certo haras destinado à punição eqüina merecida por muitos. Acho, inclusive, que alguns de seus atendentes, considerando a imensa pressão daquele ambiente, nos recebem tão bem, com tanta paciência, que sinto-me até inspirado quando lá vou a tentar reservar igual paciência aos meus clientes.

Entretanto, meus caros, a fim de que continuemos nosso bom relacionamento, permitam a sinceridade de trazer-vos algumas questões:

1 – a falta de cadeiras para que se espere as filas sentado é devido à falta de dinheiro dessa instituição? Por favor, não se acanhem. Se for isso, podem me dizer sem qualquer constrangimento. Vocês me serviram tantas vezes (sim, sempre com juros) que gostaria de retribuir de alguma forma. Faço um empréstimo junto a vocês e outorgarei as cadeiras para vocês sob forma de doação.

2 – As malditas chavezinhas eletrônicas (token) que geram senhas aleatórias – devo sair com elas ou deixá-las em casa? Sim, porque se as deixo em casa, não posso usar o home-banking nem os caixas eletrônicos. Se saio com eles, perdem o sincronismo ou, como hoje, simplesmente pifam. Enfim, mandem um manual para aquilo, ou então voltem com a p**** dos cartõezinhos de plástico, que nunca me deram trabalho algum, a não ser trotes querendo saber dos números.

Pronto, foram só 2 probleminhas. O dos juros, não vou reclamar, que não quero que pensem que sou reclamão.

Muito agradecido,

Oculos, seu criado

P.S. – Por favor, mantenham aquela gerente. Ela faz qualquer um querer subir na vida para poder ter cheque especial e tratar com ela diretamente. 😀

16/03/2008
por francis
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Tacos

Sempre falei aqui dos tacos que faço, mas não me recordo de ter mostrado o bicho. Pois bem, inspirado pelas novas receitas de tortillas e por outras receitas que vi na web, resolvi postar aqui a minha versão. O chili con carne faço usando cominho (muito), alho, pimentão, páprica doce, limão, canela, cebola e extrato de tomate, além de uma dose de pimenta calabresa. Eis as fotos:

Chili con carne

Chili con carne (carne moída, feijão, e os tempeiros  acima citados).

Pico de Gallo

Pico de Gallo, uma salsa (molho) mexicano: tomate, cebola, coentro (eu não usei), azeite, limão, sal, açucar, pimenta do reino e pimenta calabresa. Fantástico.

Tortillas

Aqui usei uma tortilla de farinha de trigo e leite. Confesso que ficou meio borrachenta (terei eu colocado leite demais?). Mas o povo gostou…

Taco

Taco pronto: colocamos além dos recheios acima citados, milho verde e sour cream (ou melhor, minha imitação de sour cream, aquela feita com iogurte e creme de leite). Sempre coloco queijo em fatia, mas dessa vez colocamos cheddar. Foi a última vez… 😀

09/03/2008
por francis
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9 de março

Sempre posto algo aqui dia 9 de março.

Pronto, tá postado.

E que venha 10 de março logo, por favor.

07/03/2008
por francis
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The runner is back! :)

Ainda não são os 10km dos velhos tempos, mas… 😀

Correr faz um bem danado. Essas férias do serviço público servirão pra colocar a vida em ordem, se é que há ordem na vida!E… Dani tá chegando!!!! ÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊêÊ!!!!! 😀 😀

01/03/2008
por francis
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Engler i regn

O título acima quer dizer “Anjos na chuva”, em norueguês. Há uma canção norueguesa chamada Engler i snoen (anjos na neve), e esse deveria ser o título do post, mas, convenhamos, neve e Bahia não combinam, ainda que Vitória da Conquista não dê bola pro fato e registre 8 graus no inverno… Mais pra frente explico o porquê do título.

Estamos combinados: eu assumo ser ciclotímico. Tenho lá meus altos e baixos. O dia de hoje, faz 1 hora apenas, estaria destinado à lata de lixo dos dias da minha vida – seria um daqueles dias que entraria pra história como… aliás, não entraria pra história coisa nenhuma, deveria era ser excluído dela. O dia em que eu não teria feito absolutamente nada, quando o que mais queria fazer seria… qualquer coisa que não fosse esperar o dia passar.

Aí é que entra a Bia Amorim.

A Bia (Fabiana, creio que as Fabianas do mundo devem sentir que as Beatriz usurparam o “Bia” que lhes pertencia… :D) era amiguinha de infância, daquelas em quem a gente dá cascudo (tá, vamos lá, por amor da verdade: no caso da Bia, quem levava cascudo era eu – é assim que lembro da história) e que, de repente, somem sem deixar rastro. No futuro, nos vimos rapidamente no 2º grau (sem cascudos dessa vez), e, novamente, mais de uma década sem notícias um do outro. A internet, vocês sabem, nos prega dessas peças, e achamo-nos por aí, deve fazer o que, um ou dois anos? Mas eis que a Bia, em suas andanças, foi ao México alguns meses atrás. Ela sabia que eu amo a culinária daquele país e, num gesto pra lá de carinhoso (convenhamos, todo mundo que arruma bagagem ao voltar do exterior sabe que é difícil colocar uma agulha na mala) trouxe pra mim uma latinha de Chile Chipote e outra de jalapeño. E ontem, finalmente, depois de mais uma década, pousei meus olhos glaucomatosos na Bia, e foi um dia fantástico.

Voltemos ao sábado fétido. Eu ia dormir às 9 da noite, absolutamente com vontade de que esse dia terminasse logo, que amanhã tenho coisas pra fazer. E, apesar da insatisfação de deixar um dia acabar com vontade de que fosse o último deles, pelo menos o regime estaria resguardado, já que em casa não tinha absolutamente nada para comer, exceto duas fatias de queijo. Mas eu não conseguia dormir, e a fome aumentava. A chuva, maravilhosa, caia (e ainda cai enquanto escrevo), e nem um livro ou um filme tinha pra passar o tempo. Vencido pela fome, levantei os olhos e vi as latinhas mexicanas. Levantei, fiz tortillas em tempo recorde, e, com o queijo, fiz quesadillas fantásticas com o chile chipote. O fato de ter me levantado para fazê-los, o fato de experimentar o novo sabor, ou talvez tenha sido a saída da letargia, não sei, fez que o dia terminasse com outro sabor, um sabor de alegria, de paz, como se tudo se encaixasse e como se, enquanto houver farinha de trigo, água, queijo e pimenta, além de uma pitada de chuva, nenhum dia deixará de ser especial.

Daí que acho que algumas pessoas, mesmo sem saber (embora a Bia vai saber, a internet é fofoqueira), com um ato singular, motivado somente por um coração aberto e desprendido, salvam o dia, roubam a cena, salvam o espetáculo.

Vá pra BH, Bia, mas não esqueça o Dramim… 😉

P.S. – Ah, e não deixem a Bia ou ninguém convencer vocês: Chiles chipote ardem como qualquer condimento mexicano. Foi preciso quase 1 litro de Pepsi gelada pra me fazer encarar a segunda quesadilla, com 1/3 da dose de chile… 😀

20/02/2008
por francis
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A tortilla perfeita

Olá, fiéis leitores. Ainda por aqui? Fico feliz em que não tenham se incomodado com as teias de aranha ali naquele canto. E neste. E neste outro também…

Como vocês sabem, Tio Óculos adora a cozinha mexicana – pra mim, uma das mais ricas do mundo. É, de fato, e perdão pela escatologia, a comida que faz a festa dos proctologistas. Mas estou me desviando do assunto…

Desde 2000, quando voltei do exterior, buscava a tortilla perfeita. Hoje consigo fazer Tacos e Fajitas muito bem, obrigado. A carne, já experimentada por um mexicano, fica muito boa, muito embora gostaria de provar o jeito autêntico de se fazer isso – um dia ainda vou ao México. Sábado uma amiga recém-chegada do México vai vir aqui em casa e provar a bagaça.

Mas a tortilla… Bom, em 2001, comprei um livro que ensinava a cozinhar pratos mexicanos. O livro ficou na Espanha, perdido entre as bagagens. Tempos depois, em 2002, consegui que me mandassem uma máquina para abrir a massa da tortilla. Fantástico. E consegui fazer tortillas.

Mas nunca ficavam como aquelas que se compram prontas (em Conquista tinha na Casa do Vinho, em Salvador na Perini). Ficavam amareladas, parecendo massa de pastel crua. Oleosas até dizer chega. Serviam para os tacos, mas só para eles. E todas as receitas eram muito parecidas. Até que hoje…

Encontrei essa receita nesse post.  Aí liguei pro Primo, marido da Prima, que me disse: “usa só água e farinha de trigo”. Eu, esnobe, quis tentar a receita gringa. Que, de fato, é fantástica. Mas a dele ganha pela simplicidade. Água e Farinha de trigo (e sal). E consegue-se uma tortilla que evita qualquer vazamento constrangedor do molho do recheio.

Enfim, as 2 melhores receitas de tortilla do mundo, e eu as tenho. Sábado promete! 😀