Em casa, final de semana, preguiça que não acaba, resolvi preparar minha comida. Faz tempo que não o fazia, então não tinha quase nada. Espaguete instantâneo, tortilhas e latinhas de atum, além de ovos. Pensei então em comer o atum com a tortilla.
Mas seria muito pobre. “Há de existir uma forma de tornar esse atum em algo mais vistoso”, pensei eu, ingenuamente. Poderia ter usado os saquinhos de maionese acumulados de pizzas passadas, mas meu espírito científico e empírico não iriam permitir que eu fosse tão básico.
Coloquei o atum em uma frigideira, adicionei um ovo, salpiquei páprica e ervas, pimenta e, no final, para coroar, molho de soja.
O gosto ficou inteiramente… de atum! Merda, nada apega-se ao atum! Antes tivesse comido a porcaria pura, sem aditivos.
Nota para mim mesmo: ao comer atum, não adicionar nada (exceto, mané, maionese).
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Sim, eu sou um jegue, uma anta, um mané. Confessado o fato, pergunto: alguém sente lá tanta diferença dos sabores das capsulasinhas da Nespresso? Eu só percebo uns mais fortes, outros mais fracos. E, se eu mandasse no mundo, todos seriam “lungo”.
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E o fim de semana foi salvo por tortilhas, quem diria…