Sinceramente, não é que eu seja contra a política externa do Brasil, exceto em relação a Cuba e aos comentários de condescendência com o Presidente do Irã. Acho que Lula foi imperdoável na falta de tato ao tratar dos dissidentes cubanos e ao tomar partido tão imediatamente no caso das eleições do Irã.
Dito isso, agrada-me que o Brasil possa servir em mediações, porque essa é a nossa tradição diplomática, a nossa vocação. O Brasil é tão conciliador que, por exemplo, apesar de uma direita absurdamente hidrófoba, que queria ver sangue no caso da tomada da refinaria brasileira na Bolívia, conseguiu manter excelentes relações com seus vizinhos. Enfim, algo nisso me agrada.
No caso do Oriente Médio, entretanto, algo me soa estranho: o ódio lá parece tão arraigado, tão cauterizado, que esse quadro de “humor” aqui me pareceu grosseiro e inoportuno, e, pela falta de talento humorístico dos atores, pareceu, na verdade, com propaganda de guerra subsidiada.
Ou será que não achei engraçado porque a blague, agora, não foi do Caceta e Planeta com outro país qualquer, mas sim sátira que esculhamba a nós outros?
Gostaria de ouvi-los a respeito.