26/04/2009
por francis
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Maratona de Zurique! Completei!!!

Inacreditável. Indescritível. Fantástico.

Nunca vou conseguir expressar direito o que significou pra mim correr a minha primeira maratona. Zurique sempre foi uma cidade especial para mim, onde tenho sólidas amizades. Mas pretendia correr a maratona de Nova York (desisti porque implicaria em despesas com visto pros EUA) e a de Estocolmo (cujas inscrições já haviam sido encerradas). Por curiosidade, pesquisei por uma maratona em Zurique, e a data era perfeita.

Foram vários obstáculos: algumas semanas sem treinar por causa de problemas de saúde, a temperatura aqui (uma história à parte), etc. Mas deu tudo certo. O clima foi perfeito – meio frio, tipo uns 10-12 graus no início, o que, acreditem, foi perfeito, pois não ventava muito. A temperatura foi esquentando gradualmente, e nos últimos 12km já tínhamos sol e uma temperatura, chutaria eu, em torno de 20-22 graus.

Terminei com o tempo de 3:45.43,4, o que, pra mim, foi inesperado – achei que não conseguiria terminar em menos de 4h, em razão da falta de treinamento nas últimas 2 semanas. As coxas estavam meio enrijecidas, e foi a primeira vez que isso aconteceu.

A organização da maratona foi impecável. Havia postos de hidratação em boa quantidade, muitos energéticos, e o público era um espetáculo: incentivavam, davam força, até meu nome (visível abaixo do número de inscrição) gritavam!!

Terminei a maratona cheio de endorfina, rindo que nem um besta, mas muito feliz por ter completado a prova. Não sei se me aventuro novamente a fazer isso, mas… quem sabe?

O que foi também legal é que corri os primeiros 16km ao lado de um amigo suíço, depois ele aumentou o passo e eu segui na minha. A família dele torcia por nós, assim como outros amigos daqui. Isso foi um estímulo enorme!

Enfim, pessoal – completei a dita cuja! 🙂

19/04/2009
por francis
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Em Zurique

Fiz a melhor coisa do mundo em ter vindo.
A viagem não foi grande coisa. Não consegui dormir, porque o horário do vôo é incompatível com o sono. Em Lisboa, descobri que a Oi havia desabilitado meu roaming internacional, e o sistema deles estava fora do ar. Só em Zurique, no fim do dia, consegui habilitar o tal roaming.

Aqui já corri, e foi maravilhoso. A paisagem é de tirar o fôlego, e a paz é enorme. Estou cercado por uma família acolhedora, que faz de tudo para que me sinta em casa. Sinto-me voltando a ser eu mesmo a cada minuto que passa, e acredito que vou dormir o sono dos justos hoje, de tanto cansaço.

16/04/2009
por francis
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Em Salvador

Sempre me sentindo melhor depois de uma ida ao Bistrô Porto Sol com a Dani. Um goulash é sempre um goulash, aquilo foi criado pra dar força.

Mais dois dias e viajo a Zurique.

11/04/2009
por francis
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Oí eu aqui…

Ok. Faz tempo que escrevi alguma coisa aqui. Na verdade, alguns probleminhas têm me impedido de escrever aqui com mais frequência. E agora a tal viagem de férias só está a uma semana distante, e tenho feito os preparativos todos.

(pausa para blasfemar contra a vizinha de cima que insiste em andar de salto alto no apartamento e arrastar os móveis o tempo inteiro).

Ontem foi dia de comer vatapá na casa da mãe. Pela primeira vez em séculos, não precisei sair de lá carregado de tanto comer. Não ando comendo tanto ultimamente, embora a tentação não falte. Fui, à noite, à casa dos vizinhos do andar de cima (não dos que andam em tamancos) e comi uma paella. Aliás, comi mais dos paezinhos com tahine do que a paella em si. Mas foi muito agradável. É bom ter companhia, mesmo quando não se está com vontade de dizer muita coisa.

Assim estou eu. Tranquilo, mas meio vazio, meio sem ter o que dizer, mas sorrindo silenciosamente com a companhia da família e dos amigos.

Assisti ontem “Quem quer ser milionário” (Slumgdog millionaire). Muito bacana mesmo. Assisti na semana passada um filmezinho meio deprê, mas muito legal, chamado “Dans Paris”, e outro absolutamente louco chamado Pineapple Express.

Agora filme legal mesmo foi o “Lemon tree”, sobre uma palestina cuja plantação de limões está em frente à casa do Ministro da Defesa de Israel, que manda tirarem os limões. Ela vai à justiça para brigar pelos seus limoeiros. Filmaço.

O cursor pisca, e eu já não tenho nada a dizer. Talvez uma pequena prece para que o dólar caia e que Zurique não esteja assim tão fria, e para que eu consiga completar a maratona, mesmo sem poder treinar nessa semana.

31/03/2009
por francis
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Protesto

A OAB daqui de Conquista lançou uma nota de repúdio devido à atuação covarde de policiais que, à paisana, quiseram entrar em evento particular, armados e alcoolizados. Foram impedidos de fazê-lo dessa forma. Compraram os ingressos, entraram, brigaram, foram expulsos. Chamaram viatura policial, quiseram prender o segurança e levaram junto meu amigo, Eduardo Viana Portela, advogado dos mais conceituados na seara criminal, violando todas as prerrogativas da profissão.

Ou a Polícia de fato começa a fazer uma reflexão séria do seu trabalho, ou o Brasil vai viver uma sangrenta luta das liberdades civis. Chega de polícia truculenta, cujos casos de agressão ganham os jornais todos os dias.

Sou neto de policial, e sei a vida tormentosa que levam. Sei que não podem sequer frequentar a casa de parentes em bairros onde efetuaram prisões. Sei que a sociedade deve muito a eles. Mas isso não é passe livre para cometer truculências em festa de garotos que só queriam se divertir.

31/03/2009
por francis
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Novas

Volto hoje à advocacia. Paguei minha língua: aquele estudante que iria desistir do curso no 6º semestre, hoje retorna feliz ao exercício pleno da profissão, impedido que estava em razão da assunção a cargo público incompatível com a advocacia privada. Sinto-me feliz, e foi muito bom assinar meu nome em uma petição, o que não fazia há 3 meses. Tive que fazer uma escolha, e acabei optando pela advocacia. Gosto muito do setor público, mas nesse momento da vida entendo que preciso de um tempo exercendo integralmente o trabalho que escolhi.

Muitos poderiam perguntar se não seria arriscado trocar um trabalho com remuneração fixa pela inconstância da advocacia. Eu digo que, como se sabe, tudo tem seu lado bom (exceto o disco de Wando – hehehehe). Vou sentir uma saudade danada dos colegas de trabalho.

Chegaram hoje os dois headphones da Nike que comprei. O fone de ouvido da Sennheiser que havia comprado está com um mau contato danado. Trata-se do Nike Vapor e Nike Flight. São ótimos para praticar esporte.

Filmes bacanas vistos no fim de semana:

O Menino do Pijama Listrado
Pineapple Express – não sei o título em português, mas é típico besteirol americano

Próximo da lista a ser visto: Dans Paris (In Paris).

31/03/2009
por francis
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Desafio Nike+

Terminou mais um desafio, eu quase ganho novamente… heeheh Esse tanto de quase é muito chato! 🙂

Parabéns ao Sérgio pela boa temporada!

28/03/2009
por francis
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Problemas técnicos

Tivemos um pequeno problema técnico que nos tirou do ar nas últimas 3 horas. Os últimos 3 comentários foram perdidos. Lamentamos o transtorno…

Merda.

25/03/2009
por francis
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Dia, oh dia!

Que dia, que dia…

Após dia árduo de trabalho (quatro reuniões, uns 20 telefonemas, 6-8 ofícios e outros tantos atendimentos), vou à médica charmosa. Charmosa e disputada: 2 horas de espera. Saio do consultório às 8 da noite, não sei se com mais pena de mim ou da doutora, que ainda tinha que atender mais duas pessoas.

Resolvo ir ao supermercado para comprar pão. Engraçado: quando mudei para este apartamento, não faltava nada. Agora, falta tudo. Pois bem: fui comprar pão, acabei comprando atum, queijo, banana, maçã… Resultado: 20 minutos de feira. Às 9 da noite chego em casa. Mas onde estão as chaves?

Deixo as compras no chão, vou ao carro ver se caíram por lá. Não caíram. Volto, pego as compras, e vou ao supermercado. No caminho, lembrei que posso ter esquecido na repartição pública onde trabalho. Em lá chegando, o vigilante, após checar que eu sou eu, apesar de ali trabalhar por 4 anos, me cede a penca de chaves, quase medievais. Luto contra elas para tentar abrir as 4 portas até chegar à minha sala. Vejo minhas chaves. Apanho-nas. Outra luta para fechar as portas. Volto para casa. 21:30h, e a sensação de que o dia voou e eu ainda não sei o que aconteceu nele…

PS – Alguém aqui tem o hábito de comer pão integral com queijo e tomate? Se tiver, acrescente atum, se faz favoire.

23/03/2009
por francis
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A maratona e outras idéias…

Falta pouco mais de um mês para que eu tente completar a aventura da minha vida. Não sei quando isso começou. Terá sido quando eu percebi que conseguia correr 30km? Será que algum dia, em meu mais humilde sonho, pensei em ser capaz de ao menos tentar isso?

Sim, porque pode ser que eu não consiga completar a prova. Pode ser. Mas confesso que só o fato de considerar a possibilidade de correr uma maratona já me deixa feliz. Lembro-me que, em uma tentativa em começar a correr, alguns anos atrás, eu mal conseguia correr 5km – era metade corrida e metade caminhada. E eu achava isso tudo tão inatingível…

Ontem, novamente, corri 30km. 30km. Faltam 12km para a maratona. 12,125. E eu vou corrê-los.

O medo ainda é grande: fará frio em Zurique? Será tão difícil assim correr em uma região onde, ontem, a temperatura era de 0 grau? Ontem, em Conquista City, fez perto de 30 graus…

De uma coisa tenho certeza: ainda que eu não consiga terminar a tal prova, sei que serei um vencedor por tentar, já que corro há apenas 1 ano e 1 mês. Mas sei que devo correr até onde o joelho ou a panturrilha deixarem. Sei, também, que minha vida vai ter que mudar para que eu continue a correr. Vou ter que que finalmente fazer musculação. Infelizmente. Consegui me safar disso até aqui. Mas sei que quero correr muito, muito mais. E que, pra isso, vou ter que me cuidar mais.

Mas não tem importância. Correr agora é a minha paixão. Colocar os fones de ouvido. Ouvir uma daquelas músicas que não diríamos a uma pretendente que gostamos, seja o manele romeno, seja o reggaeton latinoamericano, seja o house ou o techno europeu. O que importa são as bpm, ou suor, o vento, o coração bombeando o sangue, a liberdade, e a missão a completar…

Agora só estou nos preparativos: compras para a viagem. A camisa para usar no dia especial – infelizmente não vai ter o nome “BRASIL” escrito – sabe como é, para evitar mal-entendidos por causa da Brasileira que se cortou – o aluguel do carro, a reserva de um hotel, etc.

E, por favor: que o verão chegue mais cedo aos alpes neste ano.

A propósito: esse programa WriteRoom, indicado aqui, é realmente fantástico! Hoje o computador rouba muito de nossa criatividade ao escrevermos. São tantos ícones, widgets, símbolos mis… Nada como a aparência de um velho terminal.

Quando é que vou superar minha nostalgia pelos velhos terminais? Pelas conexões a 1200/72 bauds? Aquela espera pela conexão, aquela navegação por menus… O videotexto (minitel)… Engraçado: quando estava na Noruega vivia lendo o Teletexto na TV, só pela nostalgia. O teletexto, para quem não conhece, é como um videotexto de mão-única, acessível pela TV. Lembro-me da alegria que foi conectar um modem no meu velho Amiga 500 e usar um programinha em BASIC para emular um terminal. E esse programa, WriteRoom, emula justamente esse visual! Apagando as luzes da casa, me sinto um hacker, um garoto que, como eu, amava a Apple (e a Commodore) e os Rollingstones… 🙂 Que amava as tardes de sábado com suas rodadas de Test Drive da Accolade, de Rick Dangerous, com os amigos. Época em que nunca imaginei que o futuro seria ainda mais fantástico do que se poderia prever. Onde, em meus remotos sonhos de anos atrás, poderia eu imaginar que poderia enviar fotos pelo computador, escutar músicas que estão nele armazenadas e transmitidas às caixas de som do outro lado da sala? Enfim, pode ser que a tecnologia nos desumanize um pouco. Mas fico feliz de hoje ter acesso a ela. Quando era criança, tudo com o que sonhava era um modem (quando não se chamava faxmodem) para me comunicar com o resto do mundo. Mas ele, o mundo, ficou pequeno. Espero, assim, que exista vida alhures, porque essa aqui já está ficando blasé.

Gente, se não fecharem esse WriteRoom, eu não vou conseguir parar de escrever…

Por falar em nostalgia, outra coisa incrível que me recordo hoje, ao escutar “Rythm of the Night”, versão de Gloria Estefan: quando costumávamos gravar músicas tocadas nas rádios. E rezávamos para que os locutores não falassem durante a música… Quantos cassetes gravei? Quantas músicas cortei porque o chato do locutor dizia “De fulano, música tal…”? E, na nossa distante Conquista, era tão bom ouvir cassetes gravados de outras rádios de fora. Lembro-me quando, no trabalho, aos 13 anos, me deram uma fita cassete gravada da antiga Power Station (Power 95), de Nova Iorque. Ouvia aquela fita sem parar, e nela tinha essa Rythm of the Night. Mas ouvir o locutor anunciá-la era mágico.

O que será que há de mágico hoje? Talvez, para mim, seja descobrir o que existe de autêntico, de fora do mainstream, em outros países. Não sei, o Brasil, pra mim, sempre foi a minha casa e, como tal, nunca foi de me prender muito. Por isso, desde um Madredeus português, a um Stomp irlandês, passando por Ted Gärdestad da Suécia, chegando à Romênia, ou à Grécia, sempre me senti em casa ouvindo o que o resto do mundo ouve, talvez para ver que, apesar desses rótulos linguísticos, somos todos um só povo, uma só espécie, com os mesmos sentimentos, fraquezas e dilemas, mas com o mesmo sonho idílico de amar, de viver a vida, e de que ela pode ser bem mais emocionante do que um terno-e-gravata-com-audiências-e-reuniões-e-juridiquês.

Ou isso, o foi só o final de Battlestar Galactica que mexeu muito comigo… 🙂