Uma amiga americana havia me dito que a causa do Orkut ser tão popular no Brasil (a ponto de mais de 70% de seus usuários serem daqui) é que somos grandes voyeures, adoramos saber da vida dos outros, adoramos futucar.

Eu concordo. Só nós vivemos criando perfis falsos (nós, virgula, cara-pálida), só nós nos filiamos a centenas de comunidades (mas participamos ativamente de poucas), adicionamos gente que nunca vimos na vida para inflar os perfis, etc.

E acho estranho que algumas pessoas tenham, na internet, comportamentos que não teriam fora dela. Muitos se xingam, insultam, desmerecem. Será que fazem isso na vida real?

Talvez isso explique muito sobre nós e nosso país. Somos péssimos no trato uns com os outros pela falta de preocupação com o coletivo. Precisamos ganhar, nem que para isso precisamos enfiar o dedo no olho dos outros.

Estou numa fase de desgosto com esse país. Que piora a cada dia. E não sei se a ordem vem do caos não. Deve vir mais caos.

Fim de semana. Era pra ter gravado o podcast ontem, mas não deu. Em compensação, compromissos sociais desde sexta até hoje. Sexta teve jantar, inauguração, etc. Sábado, casamento. Hoje, trabalho. Engraçado, gosto de trabalhar no domingo. Deveria ser assim: trabalhar no domingo e folgar numa segunda. Tem coisa melhor do que folgar numa segunda? Agora do jeito que eu sou neurótico seria capaz de ficar louco se não trabalhasse na segunda! “Meu D–s, o que será que está acontecendo?”

Colírio novo, e uma dor de cabeça fdp. Conselho: evitem o glaucoma, visitem regularmente o oftalmololofista.

Emagreci, e preciso emagrecer ainda mais, só que tive que parar de correr por uns dias – segundo a amiga-fisioterapeuta, lesão em um músculo. Comendo feito um porco, é bom que esse músculo volte logo às boas.

Estou enchendo o saco do orkut. Qualquer hora lago aquela coisa.

Quero ir pra Suécia. Comer tunnbrödsrulle. Ou comer tortas de blåbær. Ou comer qualquer coisa, desde que na Suécia.

Graças a Deus, de volta a Conquista.

Pego um taxi em BH. “Você é de onde?”, me pergunta o motorista. Respondo eu. “Ah, eu não gosto da Bahia.”. Até aí, tudo bem. Não sei se eu também gosto. “Povo feio, estranho…”, completa ele. Opa, como assim? Vontade de saltar do carro. Isso lá é coisa que se diga? Olha, por pior que sejam os baianos, este aqui incluído, vá ter cara de pau assim em Belo Horizonte… Poupá-los-ei sobre a descrição que ele fez das baianas e de seu suposto calor, descoberto por ele em uma experiência, diz ele, sexual…

Mas baiano também tem suas peculiaridades vergonhosas. Entro no ônibus. Tipo, ACABEI de entrar. E já tinha um soteropolitano gritando, do fundo, “porra, motorista, liga logo o ar condicionado desse caralho!”. E outro, com milhares de volumes para embarcar: “eu não disse que eu não ia pagar porra nenhuma?”.

Enfim, eu devo estar cansado é de gente.

Em umas 3 horas devo estar indo para a cidade do pão de queijo. Não sou fã de BH, embora talvez não tenha nada de errado com a cidade. Por favor, belorizontinos, não se ofendam como da última vez que falei aqui de BH…

Quero voltar na terça. Na bagagem, alguns filmes, Battlestar Gallactica e saudade dos que ficam… Prometo voltar outra pessoa… não, não vou falsificar documentos – mas é que viagens são ótimas para refletir sobre o que queremos da nossa vida. Quando a gente volta a gente esquece tudo, mas isso é assunto pra outro post… 🙂

Antes que perguntem a razão da viagem: este que vos escreve é portador (palavra idiota – como se eu carregasse a porra da doença) de glaucoma, portanto precisando fazer as revisões anuais de rotina. Antes que algum engraçadinho pergunte (e sói serem os leitores desse pasquim blogal todos engraçadinhos) porque não faço as revisões em Conquista ou em SSA, respondo logo que sim, poderia fazer tudo aqui, mas no tempo em BH era o maior centro de oftalmologia da América Latina eu já me tratava lá, portanto me sinto confiante com meu médico. Ora, vamos dizer que BH é a minha Meca – só não me peçam pra orar em direção de BH porque o layout do meu quarto não me permite… Vixe, será que isso vai me dar problema com algum muçulmano?

Tem horas que dá vontade de aprender todas as línguas do mundo, falar com todo o tipo de gente, escutar todo tipo de música…

Às vezes parece que o português não me basta, embora seja a única língua com a qual eu consiga dizer exatamente o que quero da forma mais precisa – aliás, todo mundo deve ter essa relação com a língua natal.

Mas falar outro idioma requer sempre uma certa reflexão, como se buscasse falar a coisa certa, e isso dá mais consistência ao que se diz.

Eu vivo escutando no iPod músicas em grego, alemão, francês, italiano, sueco, norueguês, japonês, romeno, finlandês, espanhol, inglês, irlandês e árabe. Queria entender tudo, saber tudo, conhecer tudo. Mas só fico a apreciar e a divagar sobre as palavras que estou perdendo… Será que tem algumas delas que estão a falar de mim, para mim, ou contra mim? Será que um dia conseguirei entender as línguas, e será que, quando isso acontecer, a fascinação por elas vai se derreter?

Wagner foi eleito aqui na Bahia. Eu nem me sinto com vontade de escrever sobre o assunto porque parece que tudo o que precisava ser dito sobre isso já foi, de fato, dito. Que bom, que bom, que bom… Não suportava mais morar nesse feudo, e ver a bandeira da Bahia me irritava. Agora pelo menos espero que as instituições sintam-se menos submetidas à vontade do governante e mais independentes. Pode ser ilusão minha, mas, quem sabe?

Voltei a correr, apesar da canela doendo. Comecei a fazer a tal da RPG, e gostei da bagaça. Se quiserem, recomendo minha fisioterapeuta.

No mais, a falta de assunto me proíbe de escrever mais. Não que alguém vá se importar. Esse blog está um desastre, caminhando para um fim absolutamente previsível e, acreditem, não será sequer notado…

P.S. – Trabalhei nas eleições no fim de semana. Acabaram com a boca de urna. Saco, adorava ver os santinhos de última hora…

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Alguém sabe o que é bom pra dor na canela? Preciso continuar a correr, mas essa dor é muito chata…

…

Mil perdões por não ter ido no sábado para a demonstração de MacOS X na Fainor… Tive que ir à passeata do Zé, que foi muito bacana. Mas Mac é Mac… 🙂

E que venha essa segunda-feira…

Ha… jeg tror at det er umulig å skrive noe på norsk etter 6 år siden jeg kom tilbake fra Norge… men, likevel, Norge vil alltid blir en del av meg. Det er ikke bra, det er ikke dårlig – sånn er det…

Brasil går på en dårlig tid. Den politisk bakgrunn er så merkelig for at for den først gang i mitt liv jeg har ingen ide on hvilket parti jeg skulle støtte. Jeg har altid følget de politiske diskutioner, men i dag jeg mistet alle håp om en seriøs projekt til landet. Vi har det så håploss at jeg vet ikke hvordan framtiden skal være… Og det er merkelig å føle det nå, særelig fordi jeg var altid en optmistisk… Men kanskje vi kommer til å ha en bedre Brasil etterpå…

Tem gente que usa o Google para traduzir esse blog e entender o que aqui se diz. Ignorando completamente esse esforço, passo a confundí-los:

Pro favro, tme coiasas masi intressantes na nte pra se lre. Pro qeu ioss te intressa tanot? 😀

hehehe