07/12/2009
por francis
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Meu próximo celular não vai ser um outro iPhone

A Oi vai vender o iPhone. A notícia teria tudo para me empolgar: eu finalmente teria acesso ao tal Visual Voice Mail (única razão para voltar a usar caixa de mensagens), teria a certeza que MMS funcionaria a contento, teria o tethering habilitado…
Pois bem: sábado passado conectei o iPhone no Mac do escritório, e o iTunes informou que estariam disponíveis ajustes para a minha operadora. Eu tomei um susto mas, após uma leitura na blogosfera (ainda usam esse termo?), descobri que a Oi já estava para vender o iPhone.
Não tive dúvidas: mandei atualizar o bicho.
Qual não foi a minha surpresa ao perceber que perdi o direito de ajustar manualmente meus APN’s, perdi o tethering, e perdi o logo da operadora que tinha. Enfim… perdi tudo.
Notifiquei a Apple sobre o assunto, e, se não obtiver uma resposta, vou pensar em propor alguma medida legal.
Agora façamos uma análise: por que a gente se submete a isso?
Eu comprei o aparelho por uma pequena fortuna, fruto da minha irresponsabilidade monetária e falta de família pra sustentar. Desbloqueei o aparelho legalmente. Não fiz jailbreak, mesmo sendo acostumado a fazê-lo (fiz no iPhone antecessor). Tudo isso para que? Para ter um telefone capado.
Em nome do ecosistema fantástico (eu diria imbatível), que nos dá uma interface inigualável, um ambiente familiar e confortável, uma sincronização divina e um aparelho fantástico de se usar, somos submetidos a coisas draconianas como:
– bluetooth capado (onde já se viu não poder enviar uma foto que seja via bluetooth, a não ser para outro iPhone, com aplicativos de terceiros?);
– tethering inexistente (falo sobre isso mais abaixo);
– falta de multitarefa (o push é uma boa idéia, merece existir mesmo havendo multitarefa, mas é muito bom poder ter vários programas abertos);
– falta de câmera de video-conferência
Sobre o tethering, o que dizer? Só a Apple, com o seu infinito chutzpah, conseguiu fazer com que operadoras mundo afora fizessem planos diferentes de dados, conforme se usa o celular ou um modem para o computador, como se fossem duas redes distintas de dados. E a coisa é tão absurda que quase todo celular que tem GPRS e bluetooth permite que o dito faça tethering. Onde já se viu um operador impedir isso de forma proposital?
Uma vez, trocando uma idéia com um rapaz bacana de uma loja de produtos Apple em Lisboa, ouvi dele algo que me chamou a atenção: o iPhone não foi pensado nem na Europa nem no resto do mundo. Só nos EUA eles iriam colocar tanta restrição em um aparelho.
Tomemos um Nokia, por exemplo. Desde 2006/2007 vende aparelhos que suportam Voz sobre IP de fábrica. Um aparelho como o E61 (e hoje o E71) era revolucionário. A própria Oi vendia esse aparelho para o mercado corporativo. E com ele se podia (e pode) usar dados no aparelho ou no computador, através do bicho. Pergunto eu: qual o sentido de capar o aparelho e limitar o tráfego, cobrado a peso de ouro pela Oi?
E não é de morrer de raiva ao pegar um N95, deixar ele todo configurado para
Não, pra mim chega. Se, ao trocar de aparelho, essas falhas não forem supridas, não vou ter outro iPhone. Vou de Android, ou do que estiver na moda.
Quero um aparelho que:
– Me deixe usar o bluetooth à vontade;
– Me deixe abrir quantos aplicativos eu quiser, e não fechá-los porque atendi ao telefone;
– permita-me usá-lo como modem para o meu computador quando eu viajar, principalmente agora com o 3G se espalhando;
– permita o uso de SIP (VoIP) de forma tão linda e transparente quanto os smartphones da Nokia permitem.
E notem que eu não reclamo aqui da falta de liberdade de poder instalar aplicativos a qualquer hora, de qualquer lugar – o ecosistema da Apple é restritivo, mas para mim funciona. O que é ridículo é a limitação proposital de características que já vem no aparelho, apenas por questões mercadológicas.

A Oi vai vender o iPhone. A notícia teria tudo para me empolgar: eu finalmente teria acesso ao tal Visual Voice Mail (única razão para voltar a usar caixa de mensagens), teria a certeza que MMS funcionaria a contento, teria o tethering habilitado…

Pois bem: sábado passado conectei o iPhone no Mac do escritório, e o iTunes informou que estariam disponíveis ajustes para a minha operadora. Eu tomei um susto mas, após uma leitura na blogosfera (ainda usam esse termo?), descobri que a Oi já estava para vender o iPhone.

Não tive dúvidas: mandei atualizar o bicho.

Qual não foi a minha surpresa ao perceber que perdi o direito de ajustar manualmente meus APN’s, perdi o tethering, e perdi o logo da operadora que tinha. Enfim… perdi tudo.

Notifiquei a Apple sobre o assunto, e, se não obtiver uma resposta, vou pensar em propor alguma medida legal.

Agora façamos uma análise: por que a gente se submete a isso?

Eu comprei o aparelho por uma pequena fortuna, fruto da minha irresponsabilidade monetária e falta de família pra sustentar. Desbloqueei o aparelho legalmente. Não fiz jailbreak, mesmo sendo acostumado a fazê-lo (fiz no iPhone antecessor). Tudo isso para que? Para ter um telefone capado.

Em nome do ecosistema fantástico (eu diria imbatível), que nos dá uma interface inigualável, um ambiente familiar e confortável, uma sincronização divina e um aparelho fantástico de se usar, somos submetidos a coisas draconianas como:

– bluetooth capado (onde já se viu não poder enviar uma foto que seja via bluetooth, a não ser para outro iPhone, com aplicativos de terceiros?);

– tethering inexistente (falo sobre isso mais abaixo);

– falta de multitarefa (o push é uma boa idéia*, merece existir mesmo havendo multitarefa, mas é muito bom poder ter vários programas abertos);

– falta de câmera de video-conferência

Sobre o tethering, o que dizer? Só a Apple, com o seu infinito chutzpah, conseguiu fazer com que operadoras mundo afora fizessem planos diferentes de dados, conforme se usa o celular ou um modem para o computador, como se fossem duas redes distintas de dados. E a coisa é tão absurda que quase todo celular que tem GPRS e bluetooth permite que o dito faça tethering. Onde já se viu um operador impedir isso de forma proposital?

Uma vez, trocando uma idéia com um rapaz bacana de uma loja de produtos Apple em Lisboa, ouvi dele algo que me chamou a atenção: o iPhone não foi pensado nem na Europa nem no resto do mundo. Só nos EUA eles iriam colocar tanta restrição em um aparelho.

Tomemos um Nokia, por exemplo. Desde 2006/2007 vende aparelhos que suportam Voz sobre IP de fábrica. Um aparelho como o E61 (e hoje o E71) era revolucionário. A própria Oi vendia esse aparelho para o mercado corporativo. E com ele se podia (e pode) usar dados no aparelho ou no computador, através do bicho. Pergunto eu: qual o sentido de capar o aparelho e limitar o tráfego, cobrado a peso de ouro pela Oi?

E não é de morrer de raiva ao pegar um N95, deixar ele todo configurado para

Não, pra mim chega. Se, ao trocar de aparelho, essas falhas não forem supridas, não vou ter outro iPhone. Vou de Android, ou do que estiver na moda.

Quero um aparelho que:

– Me deixe usar o bluetooth à vontade;

– Me deixe abrir quantos aplicativos eu quiser, e não fechá-los porque atendi ao telefone;

– permita-me usá-lo como modem para o meu computador quando eu viajar, principalmente agora com o 3G se espalhando;

– permita o uso de SIP (VoIP) de forma tão linda e transparente quanto os smartphones da Nokia permitem.

E notem que eu não reclamo aqui da falta de liberdade de poder instalar aplicativos a qualquer hora, de qualquer lugar – o ecosistema da Apple é restritivo, mas para mim funciona. O que é ridículo é a limitação proposital de características que já vem no aparelho, apenas por questões mercadológicas.

* Há usos excelentes para o Push. O melhor deles é feito pelos aplicativos WhatsApp e Ping!. Funcionam como SMS, mas usam a rede de dados. Muito mais econômico que SMS. Já ouviram falar?

06/12/2009
por francis
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GTD – Continuação

Em minha saga para aumentar a minha produtividade, estive usando durante esse fim de semana tanto o Things quanto o OmniFocus. Gostei de ambos, mas vou acabar ficando com o Things.

As duas ferramentas, como eu já disse, foram indicadas pela Bia Kunze, e funcionam tanto no Mac quanto no iPhone/iPod Touch. Achei o OmniFocus bem mais robusto, pelo seguinte:

– Interface mais parruda, com mais opções;

– Contextos, que são interessantes;

– Sincronização via MobileMe;

– Forma de mostrar os To-Do’s mais intuitiva, além do uso de cores ser mais bacana.

Porém o OmniFocus peca pela sincronização com o iCal – é uma sincronização, e não uma atuação integrada. E nem sempre funciona direito, além de fazer uma confusão com as tarefas que são associadas a um determinado projeto ou contexto. Vira tudo uma bagunça, replica tarefas, etc. Sem contar que a licença do OmniFocus é mais cara e não permite o uso simultâneo (permite instalar em duas máquinas para uma só pessoa, mas não o uso simultâneo). Não gostei dessa política.

Já o Things é bem mais minimalista, não permite níveis de hierarquia mais profundos no que se refere às tarefas, mas…

– é otimamente bem integrado com o iCal, aplicando as mudanças simultaneamente nos dois programas;

– a licença permite o uso em quantas máquinas o usuário quiser, já que o usuário é o detentor da licença;

– custa mais barato

As desvantagens do Things são, principalmente, a ausência de sincronismo entre Mac’s (vão implementar isso em uma próxima versão), a integração com o iCal ainda é limitada – por exemplo: só conversa ao se associar uma área do programa ao iCal (tarefas de hoje, por exemplo), e não por tags, ou todos as tarefas.Isso é horrível, porque não consigo sincronizar, para um mesmo calendário, as tarefas de hoje e as próximas.

Tirando essas limitações, parece-me um programa bem mais simples e tranquilo de se usar, e vou acabar adquirindo a licença assim que responderem a um e-mail que mandei tirando algumas dúvidas.

Mas meu projeto para o futuro vai ser a integração do Filemaker com o iCal, via Fm-ical-connector, um plugin que permite manipular os eventos do iCa através do Filemaker. Aí vou poder associar tarefas e eventos aos meus clientes e processos, e levar tudo comigo, no iPhone, e ativar alarmes para tudo. Vai ficar show, caso eu tenha coragem de aprender a usar o tal plugin, o que não é fácil.

05/12/2009
por francis
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Edifier

Sempre ouvi falar bem. Estou usando umas caixas deles aqui no escritório, e estou gostando muito do som. Modelo X100. Bom grave.

05/12/2009
por francis
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Call Center no banho

Tem coisas que eu imagino que só aconteçam comigo. Mas como a estupidez humana não tem limites, deve acontecer com mais alguém.

Hoje está sendo um sábado tranquilo, e aproveitei para fazer coisinhas que sempre deixamos para depois. Resolvi fazer alguns ajustes no computador, fazer uma planilha dos meus gastos, enfim, essas coisinhas que sempre deixamos para depois.

E então, quando já estava para sair para almoçar, quis aproveitar para fazer algo inofensivo: ligar para uma, apenas uma administradora de cartão de crédito, a fim de atualizar meu endereço. Explico: esses cretinos têm bancos de dados dos CEP’s, e só cadastram endereços que tenham CEP. Como minha rua não tinha CEP, eu não conseguia cadastrar meu endereço. Isso me deixou sem opção, então tinha que receber minhas faturas na casa de minha tia. O problema ocorre com revistas, contas, etc.

Mas os Correios finalmente me deram um CEP…

Para evitar stress (lembre-se, leitor amigo, hoje é sábado), resolvi ligar apenas para uma administradora. E a escolhida foi… Santander!

Ligo, e começo a conversar com a atendente. Ah, claro, isso depois de ligar 2 vezes, porque na primeira vez não encontrei a opção. Claro, o sistema deles é pra gente inteligente, não para mim.

Explico a situação. Ela me pede o CEP do novo endereço. Forneço.

– Senhor, infelizmente esse CEP está incorreto.

Eu explico que o CEP está correto, estou vendo ele na minha frente, no site dos Correios.

– Senhor, o CEP está incorreto, não consta no meu sistema.

Explico, sem perder a tão bem guardada paciência, que o “erro” era no sistema dela, não no CEP.

Ela, então, diz, impávida:

– Senhor, como o seu CEP está incorreto, e não é reconhecido pelo meu sistema, eu não posso fazer a mudança.

Ainda paciente (é sábado, caralho!), explico, bem devagar, bem calmo, bem zen, quase saindo da minha irrenunciável condição de homem macho e agreste, que o erro é do sistema dela, não meu, e que se o sistema dela tem um problema, não sou eu que tenho que resolver, mas sim ela, e que se ela poderia abrir uma reclamação.

– Senhor, o sistema não reconhece o seu CEP, não posso alterá-lo.

Confesso que vi descer sobre mim uma luz, uma energia, uma paz, sei lá, caralho, uma frescura qualquer, e pensei, em um átimo de segundo, porra, é sábado, a vida continua, pra que xingar alguém, controle-se, homem, você consegue, é sábado, daqui a pouco você vai comer alguma coisa bacana, vai relaxar, a vida continua, etc. Então, após rápida meditação, peço a ela que, por favor, entenda que eu não posso fazer nada, se no site dos Correios meu CEP está constando corretamente, e que ela, se possível, tenha dó de mim e abra a reclamação.

E então veio aquela frase, aquela que diz a você que a vida não vale a pena, que as pessoas não mudam, que o mundo é uma porcaria, etc.:

– Senhor, aguarde um momento…

Eu pensei: ahá, eu sabia… eu já contava com esse percalço. Mas nada de stress, que a vida pode, sim valer a pena, nem que seja para tomar uma xícara de café entre uma aporrinhação e outra, mas que merda, vamos pra frente, vamos aguardar o tal momento da mulher, que é isso mesmo…

E o momento passava…

Coloquei o telefone no modo viva voz, e o amigo do almoço já ligava preocupado porque eu me atrasava, então resolvi adiantar… E tive a feliz idéia: Vou tomar um banho enquanto a meiga (prometi não xingá-la, caralho) atendente me deixava na linha.

Agora, caro leitor, você me pergunta: é isso mesmo? Você resolveu TOMAR BANHO enquanto esperava a atendente do Santander?

Sim, foi isso mesmo. Fiz tudo com muito cuidado. Levei o telefone ao banheiro, liguei o chuveiro, e, de lá mesmo, podia ouvir a musiquinha de espera. Tomava o banho, vi que aquilo iria demorar, e ensaboei. Desliguei o chuveiro enquanto me ensaboava, quando, de repente…

– Senhor????

Merda, corri para falar com ela, só pra ouvir:

– Seu CEP é XXXXX-XXX?

Sim, senhora…

– Por favor, aguarde mais um pouco…

Eu, todo ensaboado, metade do banheiro molhado, volto para o chuveiro… E não consigo mais abrí-lo, porque a mão, cheia de sabonete, escorregava no “abridor” do chuveiro. Bosta, deixa eu pegar uma toalha e…

– Senhor????

Sim, querida, o que foi? O CEP continua sem ser encontrado? Não me diga… Mas não foi uma reclamação que eu pedi pra você abrir?

– Ah, tá… só mais um momento…

Eu brigo com a torneira, e consigo, depois de sujar a toalha com o sabão, abrir a água, esquecendo-me que me encontrava com o telefone na mão, que, por milagre, salvou-se, ainda que ensopado…

Estou tirando o sabão quando veio a voz:

– Senhor, infelizmente não podemos fazer nada, o sistema do Banco ainda não tem o seu CEP, há outro endereço que o senhor poderia fornecer, o CEP da cidade, ou algo assim?

Eu poderia ter desligado o telefone, mas, quanto mais complicado melhor:

Tenta, querida, o 45000-000, ou 45000-001, ao que saiba, são CEP’s de Conquista.

– Senhor, o sistema não reconhece esses CEP’s…

E a água caindo…

– Há outro endereço?

E eu, tentado a simplesmente desligar, deixo-me humilhar:

Querida, daqui a um mês eu ligo novamente, ok? Mantenha o endereço atual…

– Algo mais, senhor?

Não, querida…

– Tenha um ótimo final de semana…

Eu agradeço, já perto da explosão por ter perdido 20 minutos de minha vida, ter molhado o banheiro todo, o telefone, e, pior de tudo, ter feito esse papel ridículo.

Bosta.

05/12/2009
por francis
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iPhone e Oi

Hoje conectei o iPhone ao Mac do escritório, e o iTunes perguntou se eu queria atualizar os dados da minha operadora, que é Oi. Eu disse que sim.

E agora não consigo mais alterar os dados referentes ao EDGE (ou GPRS), nem do MMS.

Eu já tinha perdido o tethering, mas agora perdi o acesso aos ajustes da rede de dados da operadora.

O curioso é que a rede de dados continua funcionando, o MMS continua funcionando, mas não consigo alterar nada.

Que MERDA, a Apple sempre arruma um jeito de sacanear. O telefone foi desbloqueado legalmente, paguei uma fortuna pelo aparelho, e agora não consigo nem fazer tethering nem mudar os ajustes da rede de dados.

04/12/2009
por francis
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Getting Things Done

Pois é, demorou, mas resolvi dar uma organizada na vida. Não faz sentido eu, viciadão na tecnologia como sou, deixar de usá-la para organizar minha vida profissional.

O grande problema é que, quanto mais eu pesquiso, mais eu percebo que não existe uma solução única para organizar um escritório de advocacia que atenda todos os aspectos necessários.

Eu sempre utilizei o Filemaker como meu banco de dados de meus clientes e controle de processos. E sempre usei o iCal para controlar as audiências.

Mais recentemente, passei a utilizar o iCal para gerenciar a lista de tarefas (To-Do’s).

E veio o iPhone… Nenhuma dessas soluções fala bem com o iPhone (exceto o iCal, mas apenas no que se refere à data das audiências).

Os pontos positivos da minha atual solução são os seguintes:

– sincronização via web, através do MobileMe, portanto tenho minha agenda no computador de casa e, via web, em qualquer lugar;
– Flexibilidade do Filemaker

Já os pontos negativos, que preciso contornar, são os seguintes:

– Filemaker não sincroniza com droga nenhuma, a não ser que se compre o Filemaker server e, mesmo assim, não fala com o iPhone,
– Os To-Do’s do iCal não sincronizam com o iPhone,
– Não consigo relacionar os To-Do’s com os clientes;
– Não consigo ter a relação de clientes no iPhone;
– Alguns dados são duplicados, já que tenho que digitá-los no Filemaker, para controle dos processos, e no iCal, para efeito de agendamento;
– Falta de controle de tempo;
– Falta de metodologia de GTD

O melhor dos mundos seria o seguinte:

– Poder integrar o Address Book do Mac com o Filemaker, assim os contatos dos clientes ficariam no Address Book, e demais dados no Filemaker;
– Controle de “assets” no Filemaker (criando uma pasta no sistema de arquivos para cada cliente – o que é fácil fazer, e já estou me organizando para isso);
– interação do Filemaker com o iCal, para criação de eventos/compromissos relacionados aos clientes;

Isso me permitiria, via Address Book, ter minha relação completa de clientes em qualquer lugar. Permitiria, ainda, visualizar e registrar todos os passos processuais de cada cliente, com acesso em todo lugar.

Estou tentando uma terceira via, que talvez supra algumas dessas falhas, e me acrescente algo que me falta, que é justamente a organização das idéias e do tempo: OmniFocus e Things, ambos para Mac (conselho da Bia), ambos falam com o iCal e com o iPhone, muito embora nenhum deles fala com o Address Book nem com o Filemaker.

Mas já é um começo…

Por último, comecei a usar o Time Tracker para monitorar o tempo que gasto com as diferentes atividades, a fim de fazer uma melhor avaliação do uso do período em que trabalho.

PQP, como eu queria um iPhone 3GS, que não aguento mais a lerdeza do meu iPhone…

01/12/2009
por francis
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Instituto São Tarcísio

Nada é 100% perene. Costumo comparar nossa vida, eu que sempre sou muito brega em comparações, a um trem em movimento – ou ônibus, mais próximo à nossa realidade. Os passageiros alternam-se, os lugares também. Paramos em algumas estações, passamos por elas, algumas que nunca mais veremos.

Mas sou capaz de dizer que a maior parte das nossas caras recordações vem da nossa escola. Afinal, lá tivemos professores, tivemos amores, tivemos tristezas e alegrias, tédio em doses cavalares, lições, exemplos, aporrinhações e outras desilusões. Mas era o nosso casulo, a redoma que, a fim de nos preparar para o mundo (oh, utopia!), dele nos isolava.

Li em um blog que o Instituto São Tarcísio irá fechar suas portas. Estudei no IST da 6ªsérie ao 3º ano. Seis anos frequentando a escola da Av. Olívia Flores. Apesar de achar que o processo educativo brasileiro merece uma reformulação total (tema para um outro post), o IST sempre estava à frente das outras escolas aqui na cidade. “Tia” Edna sabia escolher bem uma equipe. Colocar uma “Tia” Núbia em uma coordenação pedagógica, uma Rose, uma Thea, uma Cata, uma Cristina – gente que respira e ama educação – era a mais feliz forma de fazer aquilo funcionar. E a própria diretora estava presente – quantos “relas” já não levei de Tia Edna? E a falta, quase masoquista, de tais relas, me emociona, ainda que, mesmo à época, os tais “relas” nunca afastaram o carinho recíproco para com a diretora, com quem até em camelô já fui (história para outro post). Aliás, tive o privilégio de conviver com a direção da escola, talvez por ser criança meio que desgarrada, estereotipada como CDF, mas nem por isso fechada ou bajuladora (esse mérito eu tenho que reconhecer em mim mesmo: gostava daquelas pessoas porque eram maravilhosas). Lembro-me do hamburguer comido em um meio-fio com “Tia” Núbia, das conversas com Guelbinha, Aidê e Bel, dos papos vocacionais com Rose, da risada fantástica de Tia Cata… Isso sem falar nos tipos folclóricos, quase que patrimoniais da escola: Jarbão, Big, Bebel, Conça, Nei, Belão, Cacá, etc.

Aqueles corredores, com as versões modernas do antigo “bedel”, no IST, todas femininas – Guelbinha, Bel, Aidê são as que me vêm na memória, nunca me vão sair da memória. Os professores, alguns dos quais se tornaram meus amigos, outros, clientes, e nenhum deles, inimigo, nunca me serão esquecidos.

Nunca deixei de passar pela Olívia Flores sem olhar, ainda que de soslaio, para o prédio – hoje com uma fachada muito mais moderna – onde estudei. Entrei no colégio poucas vezes após a conclusão do 3º ano – sempre com uma saudade, quase com uma súplica do tipo “me aceitem de volta aqui, aqui eu era feliz, aqui é o meu lugar”. E com uma inveja pouco disfarçada dos alunos que gozavam dos avanços da escola e das melhorias realizadas.

A mesma saudade veio nas 3 vezes que fui convidado para falar sobre minha profissão aos alunos do 3º ano. No fundo, detesto usar gravata. Só devo ter sentido algum prazer em usá-las para que a minha família visse que, finalmente, eu havia me formado, e quando entrei naquele colégio, só para que entendessem que sim, vale a pena aturar uma peste como eu – um dia pode sair algo que preste. Não que tenha sido o caso, mas eu me formei, não me formei?

Conquista fica mais vazia. Temos McDonald’s, Subway, um dia teremos Starbucks. Temos outras redes de colégios, todas elas vendendo um produto – acho eu que o produto se chama “aprovação em vestibular”. Mas não sei se teremos outra equipe tão fantástica que queira apenas fazer daqueles (de nós) alunos homens de bem. Sei que era isso que queriam, e poucas vezes vi pessoas como aquelas, que encaravam a educação como um sacerdócio.

Motivos não me faltam para sentir uma saudade danada do IST. Mas o maior deles é que parte de mim, para o mal ou para o bem, foi forjada ali. E aquilo fechando, é como se eu estivesse deixando a estação que mais gostei na viagem, sabendo que para lá não voltarei, não só porque fui banido, mas porque demoliram a estação para construir um shoppinzinho de plástico, sem cor, sem alma, sem gente de verdade.

O IST já não era mais o mesmo. Entrar ali e saber que “Tia” Edna lá não mais estava já era um certo martírio. Mas, caramba, a escola ainda estava lá. A zoada dos alunos também. Os professores, idem. Até Guelbinha!

Hoje é um dia triste. O IST vai deixar de existir, e, de minha parte, só resta a saudade amarga por esse fim.

26/11/2009
por francis
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Nós, latinos, a vida em sociedade, fofocas e intrigas.

Algo tem me chamado a atenção.

Somos o país da fofoca. Não damos a mínima à privacidade e à ética no nosso comportamento. Estamos sempre dispostos ao comportamento superficial de incentivo do interesse na vida alheia.

Somos o país com maior número de usuários de Orkut. Vivemos curiosos a respeito da vida alheia pela internet, por amigos, por outras pessoas. E falamos… Nossa, como falamos…

E o pior: um pequeno comentário, às vezes sem tanta maldade, mas sempre devido à nossa futilidade em relação ao que dizemos e a quem dizemos, cria sempre um desconforto porque levamos sempre a sério o que dizem, como se não tivéssemos nenhum filtro para o que ouvimos. Somos tão crédulos…

Quando pararmos com nosso infantil comportamento mesquinho, diminuirmos a nossa sensibilidade aos comentários alheios e deixarmos de reproduzir aquilo que não checamos, quem sabe deixaremos de alimentar toda essa rede absolutamente inchada destinada aos nossos egos famintos, como revistas sociais (na cidade constam algumas onde se paga para nelas sair), sites com fotos de pessoas em festas, como que a pedirem “eu existo! Reparem em mim! Estou aqui! Amem-me!”, e outros que tais.

Isso sem falar nas tais mágoas criadas porque nosso conhecimento sobre a alma humana é tão superficial que não vacilamos em ignorar a riqueza de algumas pessoas para destilar veneno sobre bobagens, circunstâncias, idiossincrasias. Como somos tão maniqueístas, pobres de espírito e presunçosos… Como nos achamos melhores…

Enfim, hoje estou de saco cheio de ouvir tanta gente falar mal de tanta gente. Isso tudo começa a me incomodar, e uma hora dessas mando todo mundo pra puta que o pariu.

Pronto, falei.

23/11/2009
por francis
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Maratona de Curitiba – o post

Ok. Vamos falar da Maratona de Curitiba.
Digamos que foi um evento emblemático. Foi o fim de um ciclo e, de certa forma, o começo de outro.

Há exatos 7 meses atrás, eu corri a maratona de Zurique. Foi importante, porque estava em uma fase de mudanças pessoais e profissionais. A conquista daquela prova coincidiu com a retomada de uma serie de outros projetos.

Após aquela prova, nos seis meses seguintes me aproximei mais dos amigos, relaxei com a dieta e com os treinos, passei a conhecer a felicidade de trabalhar exclusivamente com o que gosto. Conheci um grupo excelente de corrida, mas não me disciplinei com o treinamento como foi o caso da prova na Suíça.

7 meses depois, Curitiba. Fui pela força desse grupo de amigos. Fora de forma, mas fui. E completei a prova, bem mais lento, mas completei. E foi um fim do ciclo de retomada do controle da própria vida.

Hoje sei que outras maratonas virão, porque correr é a minha cachaça. E sei que graças aos amigos, tudo é possível: encerrar um ciclo ruim, atravessar um ciclo de recuperação e começar um outro. E quem sabe o que está por vir?

A prova em si foi perfeita na sua organização. Eu, longe disso. Quebrei aos 15km, junto com o iPod, que travou e nem 5 ou 6 resets depois resolveram. E agora? Sem os amigos do grupo de corrida e sem iPod, como eu iria conseguir?

Andava e corria, andava e corria. As pessoas reclamavam do calor; não era isso que me incomodava. As pernas não queriam correr. Doiam? Não. Apenas latejavam quando eu andava. Não sei explicar. Mas me arrestei, sempre incentivado por outros participantes, que nem sabem da inspiração que me deram, como um japonês da Equipe Takeda, que, sempre que eu andava, me ultrapassava, apenas para tornar a ser ultrapassado quando eu voltava a correr, para depois, finalmente, ele começar a andar na subida mortal do km 39/40.

E veio a chuva… Km 37/38. Chuva que varria o chão. Curioso: a chuva me fez querer correr mais, e, sob chuva, foi quando mais corri.

Terminei a prova em cerca de 4:33min, quase 50 min a mais que Zurique. Mas estava feliz: não desisti. E srviu de lição: maratona é como a vida: dura, mas, com preparo, disciplina e forca de vontade (alem de sorte), a gente tem um bom resultado.

Depois da chegada, uns 20min para andar 200m até o hotel. Descanso, chopp no Bar do Alemão, levar os amigos no Madalosso (restaurante fantástico apresentado pela amiga Curitibana-por-adoção ilustre), no Bairro Santa Felicidade, e depois cama.

Deiciu saudade: a prova, a companhia dos amigos e a simpatia dos curitibanos.

E outras maratonas virão, e vou estar preparado. Ou não… 🙂

PS – eventuais erros de português devido ao uso do iPhone para escrever o post.

22/11/2009
por francis
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Maratona de Curitiba – eu fui!

Meninos, eu vi! E corri. E acabei a prova…

Ah, Curitiba, você é especial… que prova fantástica…

Estou morto, mas feliz!