26/02/2006
por francis
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Domingo perfeito… sim…

Almoço na casa do Seu Mário é garantia de abstinência de jantar e de café da manhã. Passo o dia como um zumbi, empanzinado. Por que cozinham tão bem lá?

Domingo ouvindo DDE, Leia e Livet…

Domingo com Kari, tomando sorvete (eu não, que eu tava empanzinado).

Domingo assistindo Lost… Estou viciado. Sim, eu sei que tá tarde pra viciar em Lost, mas viciei.

Domingo fazendo as pazes comigo e com o mundo.

Domingo sem uma segunda-feira típica me esperando, como todo domingo deveria ser…

Domingo com um AKG no ouvido e DDE tocando feito um louco, com o dialeto maluco de Trondheim…

Domingo finalmente cumprindo a promessa de ficar mais próximo dos que me dão tanto carinho…

Domingo sabendo que a bacaninha-operária-foliã virá… 😀 😀 😀

Domingo voltando a mexer com o Linux… Mexendo com o Ubunto e Paldo.

Domingo acordando injuriado porque o retrovisor do carro estava pendurado ao bólido, me trazendo recordações dos primeiros dias de volante, onde sempre batia na garagem. Acho que tentaram roubar meu retrovisor. Mas, como esse é o domingo perfeito, meu irmão conseguiu colocar no lugar.

Domingo indo pra um supermercado comprar alface, e ouvir do dono que lembra de mim criança. Veja…
Só faltou tirar fotos. Esse domingo deveria ir pro mural…

24/02/2006
por francis
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Oh, não, carnaval de novo!!!!

Não gosto do carnaval, e acho que, desde que essa fossa blogal foi criada, em todos os carnavais escrevo algo contra.

Não vou tão longe quanto um amigo meu, psiquiatra de profissão, que diz que não temos mesmo razão pra comemorar. Ele acha que o país tem problemas sérios, e que não merecemos gastar dinheiro com outra coisa a não ser resolvê-los. A lógica é matemática, não humana, por isso não sei se concordo ou discordo. Até quando devemos ser matemáticos? Onde devemos colocar nossa humanidade? E o Tribunal de Contas da União andou cobrando explicações sobre gastos com bebidas pelo presidente da república. Não deveria então cobrar explicações com essas folias? Tá, geram empregos, e são para todo o povo. Mas, pelo raciocínio matemático e da legalidade, acho que dinheiro público não deveria ser gasto com diversão enquanto tivermos um IDH tão baixo. Deveríamos nos colocar numa espécie de Ramadã, ou Ano Sabático, ou, ainda, Purgatório, Ano de Penitência, sei lá. Só tem festa quando diminuirmos nossa corrupção, nossa incapacidade de sermos sérios na gestão pública, etc.

Mas ainda assim acho que eu seria ranzinza no carnaval. Adolescente que nunca dançou, com seus óculos fundo-de-garrafa de vários graus, acabou esse mané a não curtir muito essas folias, e, pior, ter movimentos tão sutis quanto o Robocop (apelido que ganhei, inclusive, quando membro do DeMolay). Sim, arrumo mil e uma desculpas para não gostar do carnaval – tem também a velha (e válida, legítima desculpa) de odiar a segregação de classe social cada vez mais existente no carnaval de Salvador, por exemplo. O carnaval passou a ser dos blocos, dos pagante$.

Mas não quero enganar ninguém: não gosto do carnaval porque não fui criado para gostar dele. Teve, de um lado, a religião protestante, mas essa não me impediu de fazer outras travessuras. Do outro lado, os óculos, mas esses também nunca me impediram de fazer outras loucuras, entre elas, dirigir. Será por que não bebo? Será por que não tenho dos melhores humores (ah, mas eu sou tão engraçadinho… eheheheheh)?

Não sei a razão. Só sei que é chato não gostar de uma coisa que parece ser a razão da vida da humanidade inteira (ou da parte da humanidade que me cerca mais de perto). Mas não gosto. Quando pequeno, ainda gostava de ouvir os clássicos do carnaval baiano, porque eram coisas mais genuínas, talvez menos comerciais. Quem é que não gosta de ouvir “Ah, imagina só, que loucura, essa mistura, alegria, alegria é o Estado que chamamos Bahia…”. Hoje é essa coisa estranha, tipo “A paradinha, inha, inha…” … Me bata um abacate…

24/02/2006
por francis
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Choveu…

Sim, choveu a noite toda… Depois de meses de seca, choveu… 🙂

23/02/2006
por francis
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Ubuntu

Hoje tornei a testar o Ubuntu, que, para quem não sabe, é uma distribuição de Linux. Sinceramente? O próximo computador do meu local de trabalho vai rodar Linux. Não vou depender do suporte do CPD quando o Windows travar. Quero algo estável, seguro.

Acho que se o sujeito não usa Macintosh (que tem o sistema mais polido que existe), deveria usar o Linux. Usar o Windows, nos dias de hoje, é insano. Aquilo é um queijo suíço (com perdão aos suiços). Todo dia é spyware, virus, cavalos-de-tróia, etc… Vejo como o pessoal do trabalho sofre com a lentidão do sistema, a quantidade de ameaças, a falta de segurança, e tudo mais.

Apesar de o Linux ainda precisar melhorar no quesito beleza (poxa, custava ter fontes com anti-aliasing?), posso finalmente dizer que está pronto, ou quase pronto, para o desktop, isto é, para ser usada por quem não é nerd. E acho que todo o serviço público deveria adotá-lo…

22/02/2006
por francis
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Esqueçam o que eu disse!

Sabe aquela história de casar esse ano? Desisti. Não vou mais casar. Percebo que gosto mesmo é de ficar só. Gosto de mexer no computador, sair com os bons amigos, ver televisão (inclusive ficar assistindo à série “The L Word” – as mulheres são lindas, e tem uma que dirige um Mini Cooper – e justamente ela gosta também de homens – a série é sobre lésbicas, caso não saibam).

Ficar só tem suas vantagens. Às vezes cansa, é verdade, mas, como solução definitiva, prefiro-a a especular sobre futuros relacionamentos. Acho que gastei tudo o que tinha de amar. E agora não amo mais. Deveria ter economizado amor, mas gastei-o como pródigo que sou. Por outro lado, a solidão me seduziu. Não sinto mais tristeza em sua companhia em uma sexta ou sábado à noite, nem quero que ela vá logo embora na segunda-feira.

Estarei eu ficando cínico, mais do que o permitido? Ou será que a vida reserva uma surpresa na próxima encruzilhada, onde terei que desdizer-me novamente?

Enfim, D–s me livre de virar tropicalista e ter que ficar me contradizendo a todo instante. Mas ser contraditório faz parte da natureza humana, exceto por algumas certezas: mulher foi a melhor coisa já criada (por isso gosto das tias que gostam de tias – elas perceberam isso), as pessoas foram feitas para estarem juntas, caralho, e o café da Delícias é o melhor do mundo. Fora isso, o resto não é tão certo. Só espero também que o Criador tenha incluído na natureza humana a possibilidade da solidão – se isso não estiver programado em nosso DNA, a solidão tornar-nos-á zumbis.

Será que virei um zumbi?

A culpa é da DHL…

20/02/2006
por francis
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Alvíssaras!!

Hoje, depois de 7 anos de formado, aprendi a dar nó em gravata… O nó dado já tinha uns 2 anos, e travou hoje. Tava com pressa para ir a uma audiência, e não tinha nenhum advogado no escritório. Liguei o computador, fui no primeiro site do Google, e aprendi. Vejam vocês… Agora acho que posso tudo, até passar em concurso… 😀

19/02/2006
por francis
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Não é de chorar?

Na caixa de madeira, com cadeado, José dell Uomo guardava o que conseguia. Juntava dinheiro para visitar a Itália pela primeira vez desde 1947, quando deixou o país para viver na Argentina.
“Não sei quanto tinha, mas juntava há anos”, conta Uomo, 79, mostrando nos braços e no rosto os sinais do ataque. Há 15 dias, três homens pularam o muro da casa no bairro pobre da localidade de Francisco Solanas, na Grande Buenos Aires, bateram nele e na mulher e levaram a poupança da viagem.
Ele diz ter ouvido falar na onda de violência contra velhos no país, mas não imaginou que fosse ser vítima: quase não sai de casa e recebe cerca de 200 pesos (R$ 138) de pensão mais 300 pesos de um aluguel.

Folha de São Paulo de hoje, por Flávia Marreiro.

17/02/2006
por francis
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An English post…

Ok, since there is a long time since I wrote something for the English-speaking readers of this blog, here it comes a little English post.

Nothing much worth of notice has happened lately. I’ve been working a lot lately, under this hot, bad sun… I am still getting some gear to start my own podcast, and have bought most of the stuff through eBay, and the only thing I got so far was my AKG headphones… Oh, they’re good! 😀 (Portuguese-speaking readers must be fed up with this AKG thingie…).

It’s been a tough week, with professional issues making me kinda worried. But, oh, well, that’s life…

Missing Norway… I must be crazy, but I’ve been listening to some kind of Norwegian music that some Norwegians would laugh out loud if the knew that… DDE, Morten Abel, etc… Oh, well. But if any Norwegian reads this and have the lyrics of the Svarta Bjørn Album from Kari Bremnes, I’d be forever thankful if that good soul sends those to me! 😀

16/02/2006
por francis
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Será psicológico?

Toda vez que tô usando meus novos fones de ouvido, penso na marca (AKG), e, de repente, parece que o som fica melhor… 😀 😀 😀

Sim, sei que tô tirando muita onda com isso, mas acho que não vou mais ficar surdo depois de finalmente achar um par de fones quase perfeito. E vou juntar dinheiro para comprar o K141, ah, se vou…

Lembrei de outra coisa do prof. Elsior: Sempre que me via nos correderoes da faculdade (que saudade da faculdade), me saudava: “Conquistense, sanguinário!!!!!”… 😀

Não há dia ruim que um social com a Comunidade de Java no Lisboinha não transforme em um dia bacana…

16/02/2006
por francis
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Ao mestre, com carinho

Um professor de Direito Civil da UFBA, Elsior Moreira (ou Elcior, não me lembro a grafia do nome dele), uma vez perguntado por mim se era daqui de Conquista, me respondeu dizendo “Deus me livre!!!! Morei naquela terra até os 12 anos, vi gente morrer na porta da minha casa!”. Mas sempre foi um ótimo professor pra mim. Tive colegas que tinham divergência ideológica com ele (e, cá entre nós, eu também tinha). Mas eu gostava dele. Sempre que o encontrava pelas ruas da Graça, em Salvador, parava para conversar com ele. Lembro-me até hoje do suspense da turma quando, no meio de uma aula (meu D–s, que coragem eu tinha!), ofereci ao professor umas nozes com chocolate que uma amiga tinha trazido de fora. A turma aguardava uma bronca imensa, mas ele disse: “Vejam vocês!!!! ainda me vem esse sujeitinho me dar chocolate para eu amansar na prova!!”. Eu, super sem graça, a turma rindo, e ele, em voz baixa: “eu estou brincando, meu filho – eu não posso comer açucar”, ou algo assim. Alguns alunos não gostavam dele porque o mestre não aderia muito às greves. Eu gostava porque vi seu lado humano, mas também por outra razão, que foi a que me motivou a escrever esse post.

Hoje eu tive uma altercação com um juiz. Acho que, na defesa das minhas prerrogativas, eu não posso fingir que aceito determinado comportamento, quando não o aceito. Não posso deixar que um cliente meu seja maltratado porque alguém acha que seu cargo lhe permite a dispensa da boa cortesia. E gosto muito do juiz em questão. Mas não posso, mesmo, baixar a cabeça. Saí da audiência extenuado, cansado, chateado. Protestei contra o comportamento de um juiz que, exceto sua atitude em audiência, é irreprovável. E isso é constrangedor. Mas me consolaram duas coisas: o apoio inclusive do advogado da parte contrária, e a lição do professor Elsior (ou será Elcior?): “Não dobre a espinha, jamais!”. Não vou dobrar, não, professor.

D–s permita que eu vá pra Suécia, pra não ter que passar mais por esse tipo de coisa… Vontade de largar tudo e ir vender coco na praia…