09/06/2010
por francis
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Telemarketing filósofo

Nos últimos 2 dias, recebi cerca de 10 ligações da Editora Abril, tentando me fazer assinar a Veja.

Disse que não me interessava. Perguntou o atendente a razão. Eu disse que Veja era de Direita, e ele disse: “O senhor é contra o Lula?”. Eu disse que não. E, então, ele saiu-se com essa:

“Ah, mas o Lula é de Direita, porque ele tá no poder! Quem tá no poder é de direita…”.

Durma com um barulho desses… E vai ver ele tem até razão! 🙂

Prosseguiu: “eu votei no Lula! Mas quem tá no governo é vidraça, o senhor concorda?”

Concordo. Mas não me liga mais não… 😀

08/06/2010
por francis
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O iOS vai dominar o mundo

Hoje, durante uma troca de idéias no Twitter, cheguei a uma conclusão, e permitam-me ter meu momento “John C. Dvorak”: chegamos a um ponto onde os desktops deixarão de influenciar os dispositivos móveis, e em que os dispositivos móveis/portáteis/tablets é que ditarão o futuro da interface gráfica.

E mais: os Macs, no futuro, vão rodar algo mais próximo do iOS 4 do que do atual MacOS X.

Ora, qual a atual tendência? Sistemas móveis. Chrome, Android, WebOS e, agora, iOS. Os dispositivos estão cada vez mais portáteis. Já se falava que o desktop estava para morrer.

Mas o que falta na experiência do uso de computadores, hoje? Recursos como instant-on, real time, agilidade nos aplicativos, sistemas leves e descomplicados.

Os sistemas operacionais, hoje, são pesados. Uns mais que os outros, claro, mas são obrigados a suportar uma infinidade de padrões, dispositivos, etc.

Mas o que 90% dos usuários precisa? Word, e-mail, web, joguinhos. 90% dos usuários não precisa de AutoCAD, Photoshop ou Final Cut Pro. E o que incomoda na computação hoje? Boots longuíssimos, aplicativos que demoram tempo para começarem a funcionar, exigências cada vez maiores de recursos.

Já repararam, por exemplo, que boa parte do que fazemos na web pode ser feita rapidamente no iPad, sem problemas e sem a demora de um sistema operacional moderno? Eu não preciso ligar um iPad o tempo todo – ele vive em standby (meu Mac também, mas sei que talvez eu seja minoria nisso). Os aplicativos rodam quase instantaneamente, como deveria ser desde sempre. Aliás, nos tempos do DOS, os programas não demoravam tanto para serem executados.

Portanto, vocês ouviram aqui primeiro: um dia, o atual Macbook vai ser um iPad. Ou qual o sentido de usar um Macbook Air, que, por mais fino que seja, por mais portátil que seja, nada mais é do que uma forma de tornar portátil uma máquina cujo destino é apenas facilitar o que o iPad faz muito bem: e-mails, web, joguinhos…

A Apple, agora, joga o mesmo jogo do Google: eles querem mover o sistema para a nuvem? A Apple, mais pragmática, porque prima pela qualidade da experiência do uso, topa o desafio, mas não para algo que ainda não funciona, e sim para algo tangível: um sistema leve, refinado, capaz e bonito, com fundamentos sólidos, e que roda em appliances.

A briga, senhores, está apenas começando.

07/06/2010
por francis
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A Apple e os demais

Há algo diferente que faz da Apple uma empresa única, e que as pessoas não entendem.

Não é que seus produtos sejam, exatamente, os mais avançados tecnicamente, ou que ofereçam mais recursos. Eles, apenas, são os mais competentes em fazer produtos que funcionam, e funcionam bem.

Vejamos:

Falam mal da Apple TV, que é apenas um hobby, que outros media centers funcionam melhor, etc. Mas eu não consigo imaginar um media center que, apesar de limitado, funciona de forma tão integrada e intuitiva com o computador. O Apple TV funciona, ponto.

Outro exemplo é o iPhone. Quando lançado, os concorrentes diretos eram o N95 e a linha E6X da Nokia. Tecnicamente, esses aparelhos ofereciam até mais recursos que o aparelho da Apple. Mas compare acessar a internet com eles e com o iPhone. Compare o iTunes para sincronizar conteúdo. Sim, o N95 trocava (e troca) arquivos por bluetooth, coisa que o iPhone não faz até hoje. Mas você trocaria o iPhone por qualquer aparelho da Nokia de hoje?

Claro, há coisas nos aparelhos Android que me interessariam muito: aquelas widgets, por exemplo. Mas, pra mim, o Android é um sistema fragmentado, com interfaces sem consistência umas com as outras, diferentes em cada fabricante. No iPhone, tudo é pensado, nos mínimos detalhes, e tudo funciona. Não é o mais completo (agora talvez até seja), mas é, sem dúvida, o mais confiável.

Em suma: alguém já disse que o interessante da Apple é a obsessão pelo produto quase perfeito. Eles pensam em um produto, e só o lançam quando está quase pronto. E nunca o lançam completo: restringem ao máximo as características, para se concentrarem em fazer bem feito o que quer que façam. E aí, cada novo produto é o início de uma longa e lenta evolução.

E que venha esse novo iPhone anunciado hoje! Eu quero… 🙂

07/06/2010
por francis
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Livros que li: Em 6 passos o que Jesus faria

De autoria do Paulo Brabo, o livro, também com título de “Novíssimo manual de conduta do seguidor de Jesus”, é uma leitura essencial para cristãos e não cristãos. Para os primeiros, porque quebra os paradigmas e é uma voz de coragem no meio evangélico pasteurizado de hoje, que, de mais a mais, é uma grife, e não uma ética.

O livro, com 78 páginas apenas, traz algumas observações importantíssimas, algumas óbvias, outras nem tanto, mas que, óbvias ou não, esquecemos ou delas não nos apercebemos.

Deu um novo fôlego à minha fé cristã, talvez porque eu me julgava um mero apóstata por pensar bem diferente do mainstream evangélico. Achei-me presunçoso. Talvez nem tanto, agora…

Mas, como o autor diz no livro, não há um número de passos estanque para fazer o que Jesus faria. Porque a ordem é surpreender e não se acomodar.

06/06/2010
por francis
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A política: realidade e fantasia

Hoje, lendo a coluna de Élio Gaspari na Folha, tive vontade de escrever sobre algo que refleti ontem ao conversar com um amigo: o que importa em um candidato?

É que já ouvi dizer que a Dilma é uma pessoa de difícil trato. Também já ouvi isso do Serra. Já ouvi dizer, ainda, que o Ciro Gomes tem pavio curto.

Enfim, estereótipos não faltam quando se trata de candidato exposto na mídia à opinião pública.

Mas não parece estranho que nós, anônimos, tenhamos nossa competência reconhecida ou rejeitada em razão da qualidade do nosso trabalho, e, mesmo assim, especulamos não sobre a capacidade de trabalho dos candidatos, mas sim sobre suas características mundanas?

Pergunto: Dilma ou Serra sabem mexer no Excel? Pensam com a própria cabeça, ou precisam de algum nerdzinho a dar opinião? Não, não me interessa se ela se veste bem, ou se ele escolhe bem o terno. Eu não me visto lá muito bem (quem se importa?), e isso, pra mim, não é uma característica importante do Presidente da República Federativa do Brasil.

Quero que o futuro Chefe de Estado diga quais são suas prioridades, quais seus recursos, e que dê opiniões claras sobre política externa, transportes, saúde, etc. É a favor ou contra o aborto? Acha que dissidentes cubanos devem morrer? E o salário mínimo, vai aumentar pra quanto? E os incentivos à pesquisa? O Brasil vai continuar a ter uma indústria subsidiada por altos impostos de importação, ou vai investir em ciência e tecnologia?

Somos tão alienados do debate, a administração pública é tão complexa e a há tanta cortina de fumaça com a burocracia e com a ideologia, que votamos no candidato não por suas características como administrador, mas sim por sua afabilidade (somos o tal povo cordato, não?), por seu português impecável (notória exceção do nosso atual presidente, que foge a qualquer explicação que o rotule: é um sucesso que contraria todas as expectativas – nordestino, baixa formação escolar, etc., e foi dos governos mais eficazes, que devolveu a auto estima ao país), por sua vestimenta…

Como se fôssemos o tempo todo um poço de educação, mestres de oratória e super elegantes. Como se candidatos fossem pessoas que, basicamente, não arrotam, não assoam o nariz, tão tiram melequinha do nariz (e paro por aqui com a escatologia).

Élio Gaspari, referendo-se a Serra, disse que esse precisa mostrar uma “plataforma real, livre de marquetagens”. Mas será que quando essa plataforma real for mostrada, saberemos vê-la? Ou daremos crédito?

05/06/2010
por francis
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O carro dos sonhos

Ao contrário da maioria dos meus amigos, nunca fui um grande fã de carrões. Sempre gostei, no que se refere a carros, de design moderno e minimalista.

Desde algum tempo, o meu carro dos sonhos era o Mini Cooper. Infelizmente, o preço desse carro no Brasil ainda é proibitivo, custando cerca de US$60.000,00.

Porém, confesso que agora fiquei em dúvida. Senhores, fiz um test drive do Fiat 500.

A concessionária da Fiat aqui em Conquista tem um modelo disponível para teste, que é o Lounge.

Fiquei apaixonado pelo carro. O único defeito, para mim, é o cinto, que fica muito atrás para se puxar. De resto, o carro me pareceu perfeito. Vem com tudo aquilo que eu sempre quis em um carro, incluindo sistema de discagem por voz via bluetooth, entrada USB (que só funciona com iPod com um adaptador), computador de bordo, etc.

Mas o forte do carro é o seu design. Li em um review inglês que, dos relançamentos feitos pela indústria dos carrinhos clássicos (fusca, Mini e Fiat 500), o projeto mais bem sucedido foi o italiano.

04/06/2010
por francis
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Humor ou propaganda panfletária de guerra?

Sinceramente, não é que eu seja contra a política externa do Brasil, exceto em relação a Cuba e aos comentários de condescendência com o Presidente do Irã. Acho que Lula foi imperdoável na falta de tato ao tratar dos dissidentes cubanos e ao tomar partido tão imediatamente no caso das eleições do Irã.

Dito isso, agrada-me que o Brasil possa servir em mediações, porque essa é a nossa tradição diplomática, a nossa vocação. O Brasil é tão conciliador que, por exemplo, apesar de uma direita absurdamente hidrófoba, que queria ver sangue no caso da tomada da refinaria brasileira na Bolívia, conseguiu manter excelentes relações com seus vizinhos. Enfim, algo nisso me agrada.

No caso do Oriente Médio, entretanto, algo me soa estranho: o ódio lá parece tão arraigado, tão cauterizado, que esse quadro de “humor” aqui me pareceu grosseiro e inoportuno, e, pela falta de talento humorístico dos atores, pareceu, na verdade, com propaganda de guerra subsidiada.

Ou será que não achei engraçado porque a blague, agora, não foi do Caceta e Planeta com outro país qualquer, mas sim sátira que esculhamba a nós outros?

Gostaria de ouvi-los a respeito.

02/06/2010
por francis
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Nada contra…

Nada contra, nada contra mesmo à candidatura de Walter Pinheiro…

Mas não cabia a ele, Walter Pinheiro, um tantinho de humildade e respeito a uma figura histórica, exemplar (no que se refere à vida ilibada) e injustiçada em igual eleição ao senado, e ter desistido em favor de Waldir Pires?

31/05/2010
por francis
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O rapaz que conserta computador

Coisa mais chata é quando você, sabendo o que está fazendo, configura um computador, uma rede, um dispositivo qualquer, e aí vem alguém pra instalar algo pra algum usuário e mete a mão porca e esculhamba tudo.

Sim, fico puto quando isso acontece. Ah, caramba… A gente leva tempo deixando tudo certinho, e sujeito vem e mexe a gente fica sem saber por qual razão mexeu, quando seria mais fácil perguntar antes…

Explico a ira: no escritório temos dois roteadores wireless. Como manda a etiqueta, os dois estão na mesma sub-rede, e apenas um deles é, de fato, um roteador, com servidor DHCP e que tais.

Colega precisava de sinal wireless em sua sala, não alcançada pelo sinal existente. Compra um roteador com access point (sem nem me perguntar qual deveria comprar) e ganha de brinde a instalação.

O sujeito chega lá, passa dois dias pra fazer o troço funcionar, e larga lá. O que o cara fez? Ligou o servidor DHCP da porqueira do roteador. Aí nada mais no escritório funcionava. O que o cara fez? Mudou o IP de quem reclamava para IP fixo.

Chego eu pra trabalhar hoje, e vejo que metade dos computadores do escritório não acessava a rede. Até eu descobrir que era problema do conflito de servidores DHCP levou tempo, porque minhas configurações não foram mexidas. Depois, quando vi o salseiro, percebi, ainda, que o tal técnico ainda fez o favor de criar uma nova rede sem fio, ABERTA, SEM SENHA, e largou lá.

Resolvido tudo em 15 minutos – restartei o tal roteador, configurei direitinho, e pronto, tudo estava resolvido. Agora o duro foi descobrir que tinha equipamento novo na rede, e que este era quem estava causando o problema.

Antes de mexer, pergunta… :/

30/05/2010
por francis
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Duplicação da BR-116 já!

Eu não sei se o nobre leitor sabe, mas no Edital da concessão à iniciativa privada do serviço de rodovia, mais especificamente da BR-116 (divisa com Minas a Feira de Santana) na Bahia, está prevista a duplicação total de cada trecho caso o volume diário atinja 6.500 veículos.

Alguém duvida que esse alvo já foi atingido?

Ora, basta viajar na BR-116 para perceber que a rodovia está saturada, e que uma duplicação é urgente.

Semana passada, voltávamos de Salvador, quando vimos 4 acidentes entre Feira de Santana e Conquista. A rodovia, apesar do melhor estado de seu asfalto nos dias de hoje, está muito mais lenta. Li hoje na Folha de São Paulo um artigo (disponível apenas para assinantes) onde é mencionado que 90% do tráfego na BR-116 aqui na Bahia é de caminhões. Senhores, 90%!!!! O artigo falava que o crescimento do Nordeste é comparável ao da China, com infraestrutura africana. O cerne é que, com o crescimento do país, é impossível conceber que nosso transporte de carga continue a ser feito por caminhões.

Mas, voltando ao assunto, o Governo deveria informar exatamente qual o tráfego diário de veículos. Algo me diz que o volume necessário para a duplicação completa já foi atingido. Se não foi atingido, foi uma temeridade colocá-lo nesse patamar, porque a rodovia já está inviável nas atuais condições.

Ou isso, ou então vamos encarar mais de 1.000 acidentes por ano em trecho inferior a 400km…